A primeira semana de outubro foi de recuperação no mercado brasiliano de soja. Com os contratos futuros na Bolsa de Chicago e, principalmente, o dólar se valorizando, os preços domésticos tiveram subida moderada e a comercialização melhorou na maioria das praças do país.
Assim, a saca de 60 quilos permaneceu na morada de R$ 145 em Passo Fundo (RS). Já em Cascavel (PR), a cotação passou de R$ 135 para R$ 136.
Em Rondonópolis (MT), o preço subiu de R$ 125 para R$ 127. No Porto de Paranaguá, a cotação avançou de R$ 145 para R$ 146.
Soja na Bolsa de Chicago
Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), os contratos com vencimento em novembro, os mais negociados, subiram 0,57% na semana, cotados a US$ 12,66 1/4 na sexta (6).
Bons números para as exportações semanais norte-americanas e uma certa preocupação com o clima nos Estados Unidos asseguraram a recuperação.
Mas em termos fundamentais, as indicações seguem baixistas, o que limitou uma recuperação mais consistente. A colheita avança nos Estados Unidos e o plantio está em temporada inicial no Brasil, com perspectivas favoráveis.
Na Argentina, a temporada também promete recuperação no potencial produtivo, em seguida uma safra muito prejudicada pela estiagem em 2022/23.
Mercado financeiro
O mercado financeiro global é outro limitador para voos mais altos das commodities agrícolas.
Sinais de aquecimento da economia estadunidense reforçam o sentimento de que os juros poderão subir
até o final do ano. Com isso, os investidores procuram opções mais seguras, elevando os títulos do tesouro e o dólar frente a outras moedas.
O câmbio foi destaque também no Brasil. Com o quadro de maior aversão ao risco global, a moeda dos Estados Unidos subiu 3,5% frente ao real, fechando a semana em R$ 5,16. Nesse caso, a soja brasileira ganha competitividade, dando ritmo aos negócios no Brasil.
Para a próxima semana, as atenções devem se voltar para o relatório de outubro do Departamento de Lavra dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado na quinta (12).
Os trabalhos de plantio no Brasil e de colheita nos Estados Unidos seguem no radar, assim porquê as sinalizações vindo do mercado financeiro.
