O teste do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o general Augusto Heleno, sobre o suposto esquema de espionagem ilegal da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) foi adiado pela Polícia Federal (PF).
Conforme a assessoria de imprensa da PF, o próprio general Heleno solicitou o adiamento, além de ter pedido acesso aos registros da investigação.
Ainda não foi definida uma nova data para o testemunho do ex-ministro.
General Heleno convocado para falar sobre o caso Abin
Na semana passada, o general foi convocado para depor na investigação que visa averiguar a suposta espionagem ilegal realizada pela Abin quando era subordinada ao GSI.
A PF está investigando se Heleno tinha conhecimento das supostas ações ilegais de Alexandre Ramagem (PL-RJ), atual deputado federal e ex-diretor da Abin, um dos alvos da operação.
Há suspeitas de monitoramento ilegal de autoridades brasileiras, jornalistas e advogados, esquema que começou a ser investigado em 2023.
Entre os monitorados ilegalmente, estariam os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes e Alexandre de Morais, além do ex-presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia.
No dia 29 de janeiro, nove mandados de busca e apreensão foram cumpridos, sendo o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente, o foco da investigação.