terça-feira, 2 julho, 2024
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    ANÁLISE: Dorival tem o direito de optar por deixar o São Paulo para assumir a seleção, mas precisa agir com cautela

    Compreendo que o torcedor do São Paulo tenha se sentido desapontado e surpreso com o convite da CBF para Dorival Júnior assumir o comando da seleção. De fato, é uma perda significativa para o clube, considerando a identificação do treinador e o sucesso obtido com a conquista inédita da Copa do Brasil em 2023.

    O elenco em formação para esta temporada também reflete a filosofia de trabalho do treinador que abriu mão do cargo neste domingo, para se aventurar em uma nova oportunidade profissional.

    Dorival tem o direito de encarar esse desafio, uma vez que dirigir a única equipe a exibir cinco estrelas de campeã do mundo não é uma tarefa simples. Isso representa um intenso prestígio, visibilidade e… cobrança. É o sonho da maioria dos treinadores – com exceção de Ancelotti -, mas também é uma posição que desgasta e envelhece rapidamente o treinador, devido às numerosas cobranças e pressões.

    Dorival precisa encarar com determinação o lado árduo desse novo capítulo. Daqui para frente, estará sob constante escrutínio da crítica, torcedores, dirigentes, clubes, agentes de jogadores, patrocinadores individuais e coletivos – incluindo a própria CBF, por exemplo.

    O trabalho vai além da convocação dos atletas e da preparação da equipe para amistosos, eliminatórias para 2026 e a Copa América no meio do ano. Ele terá que ser altamente eficiente em um curto espaço de tempo. Primeiramente, terá que tirar a Seleção Brasileira da incômoda sexta posição nas eliminatórias para a Copa do Mundo.

    Dorival talvez não seja uma escolha unânime, embora atualmente não haja no radar um nome forte, pelo menos entre os treinadores brasileiros de origem. A seu favor, conta a vasta experiência na profissão e importantes conquistas recentes com o Flamengo e o São Paulo.

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    Se eu pudesse dar um conselho a ele, diria para agir com cautela e não se deixar iludir pelas promessas, evitando repetir o que ocorreu com Ramon Menezes e Fernando Diniz no ano passado. Ambos acreditaram nas perspectivas apresentadas pela CBF, foram usados como bodes expiatórios e acabaram prejudicados.

    É importante confiar, mas mantendo uma postura cautelosa. Não existe garantia nem mesmo de que Ednaldo Rodrigues se manterá na presidência da CBF. Pode ser que, em algum momento, seja destituído novamente.

    Como ficará a situação de Dorival e sua comissão técnica? Será que eles terão que recomeçar do zero? Mesmo com Ednaldo, quem garante a permanência de Dorival para a próxima Copa do Mundo?

    Resta desejar-lhe boa sorte. Que assim seja.

    Dorival Jr. durante partida entre São Paulo e Grêmio, pelo Brasileirão Rubens Chiri/saopaulofc.net

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