A esposa do presidente Lula, Rosângela Lula da Silva, conhecida como Janja, respondeu críticas por ter ido à reunião do G20 ao lado do presidente Lula, declarando: “Ao diabo, eu estarei sempre presente. Ninguém me cedeu este lugar. Eu conquistei.” Janja fez essa afirmação nesta sexta-feira (8), durante sua participação em um painel sobre a presença feminina na política, parte da programação da Conferência Eleitoral do PT para 2024, realizada em Brasília.
A viagem para participar da cúpula do G20 ocorreu em setembro de 2023. Na ocasião, Janja gerou controvérsia ao brincar durante a chegada à Índia, enquanto dezenas de pessoas morriam na tragédia das enchentes no Rio Grande do Sul, no Brasil.
“Eu estava em uma reunião no G20 e todo mundo ficava falando: ‘O que ela fica fazendo lá com o presidente? Nem foi eleita’. Ao diabo, eu estarei sempre presente. Ninguém me cedeu este lugar. Eu conquistei,” declarou Janja.
A esposa do presidente também criticou o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, pelas declarações feitas no G20 sobre a participação feminina na política.
“Quando o primeiro-ministro da Índia disse que o mundo precisa dar espaço às mulheres… O Biden concordou: ‘Exatamente’. Vocês não precisam conceder nada para nós. Nós sabemos muito bem como lutar e continuaremos a fazer isso,” declarou Janja.
Em sua defesa, Janja afirmou que o seu “sorriso” e “alegria” não indicavam “falta de empatia e solidariedade para com os outros”.
“Discutir sobre a participação das mulheres na política é crucial para o futuro do país. Somos a maioria da população e do eleitorado, e precisamos, cada vez mais, participar ativamente na política. Continuaremos juntas, nos ajudando e nos incentivando nesse caminho,” escreveu a esposa do presidente nas redes sociais X, no sábado (9), ao compartilhar fotos do evento do PT.
Durante a conferência, o presidente Lula criticou as disputas internas no PT e afirmou que o partido “poderá alcançar uma vitória extraordinária nas eleições municipais”.
“Este partido precisa voltar a ser como era no início para recuperar a credibilidade, a qual muitas vezes é perdida com facilidade,” afirmou o presidente ao relembrar histórias do início do PT, quando o partido ainda não contava com o apoio financeiro de parte do empresariado.
