quarta-feira, 3 julho, 2024
spot_img
Mais

    Últimos Posts

    spot_img

    Aprovação da CPI que tem como foco o padre Júlio Lancellotti é realizada pela Câmara de SP

    O parlamentar de São Paulo Rubinho Nunes (União Brasil), um dos criadores do Movimento Brasil Livre (MBL), obteve a autorização de seus pares para a criação da CPI das Organizações Não Governamentais (ONGs) na Câmara paulistana. A proposta, que conseguiu 25 subscrições, direciona-se para a atuação do padre Júlio Lancellotti, da Paróquia de São Miguel Arcanjo, que desempenha atividades filantrópicas na Cracolândia, situada na região central da capital. A previsão é que a comissão seja instalada no retorno do recesso, que termina em primeiro de fevereiro. A informação foi inicialmente divulgada pelo jornal “A Folha de S.Paulo” e confirmada pelo GLOBO.

    O requerimento inicial visa, principalmente, duas entidades que promovem atividades comunitárias voltadas para a população em situação de rua e para os dependentes químicos da região: o Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto (Bompar) e o coletivo Craco Resiste.

    Nunes acusa o religioso de estabelecer parcerias com elas. Ao GLOBO, o vereador afirmou receber “inúmeras denúncias” sobre a atuação de várias ONGs no Centro de São Paulo, que distribuem alimentos, mas não proporcionam o acolhimento dos vulneráveis:

    — Existe uma chamada máfia da miséria que busca obter benefícios por meio da boa-fé da população e isso não é ético e nem moral. O padre Júlio é o verdadeiro agenciador de miséria em São Paulo. A atuação dele perpetua a situação das pessoas. Não é apenas a alimentação e o sabonete que resolverão a situação.

    À “Folha de S. Paulo”, Padre Júlio Lancellotti negou qualquer ligação com as entidades e afirmou não fazer mais parte da Bompar há 17 anos. Anteriormente, o padre exerceu o cargo de conselheiro.

    — Elas são independentes, possuem diretorias, técnicos, funcionários. A Câmara tem o direito de instaurar uma CPI, porém ela investigará e não me encontrará em nenhuma das duas.

    Esta não é a primeira vez que o vereador critica publicamente o padre. Em dezembro, o convocou a prestar depoimento na Frente Parlamentar em Defesa do Centro, o que gerou críticas de políticos da esquerda, como a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann.

    — As ONGs e demais agenciadores da miséria terão que prestar esclarecimentos — declarou Rubinho Nunes à época.

    Nas redes sociais, a criação da CPI foi alvo de críticas por parte de legisladores e integrantes da sociedade civil. Na manhã desta quarta-feira, o nome do padre Júlio figurou entre os assuntos mais comentados do X (antigo Twitter). O deputado federal Nilto Tatto (PT) foi um dos que manifestou insatisfação com a iniciativa e ainda alfinetou Rubinho Nunes: “Parece que a cidade de São Paulo não tem nenhum problema que mereça a atenção do vereador”, escreveu em seu perfil no X (antigo Twitter).

    Já Erika Hilton (PSOL-SP) afirmou ser um absurdo uma CPI para investigar ONGs que acolhem pessoas em situação vulnerável. “Tinha que ser obra dos mimados e criados a danoninho do MBL”, expressou.

    O Globo

    spot_img

    Últimas Postagens

    spot_img

    Não perca

    Brasília
    céu limpo
    13.5 ° C
    13.5 °
    13.5 °
    82 %
    0kmh
    0 %
    qua
    26 °
    qui
    28 °
    sex
    27 °
    sáb
    28 °
    dom
    22 °

    13.59.76.213
    Você não pode copiar o conteúdo desta página!