sexta-feira, 5 julho, 2024
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    Arma antiga com 2.000 anos fez parte da Revolta Civil de Júlio César


    Uma arma de arremesso em formato de amêndoa com mais de 2.000 anos foi encontrada na Espanha, com a inscrição do nome de Júlio César de um lado e com uma cidade desconhecida do outro — é, muito provavelmente, um sinal de apoio da localidade ao futuro ditador romano em sua Revolta Civil para alcançar o poder. Pesquisadores da Universidade Autônoma de Madrid descreveram a descoberta no periódico científico Zephyrvs.

    Quando ainda era general, César assegurou o triunfo do exército romano durante as Guerras da Gália, entre 58 a.C. a 50 a.C. Após o término da campanha, o militar não abriu mão do controle e da fidelidade das legiões e atravessou, famosamente, o rio Rubicão em 10 de janeiro de 49 a.C., o que levou seu rival político — Pompeu, o Grande — a declarar que o ato equivalia a um estado de revolta civil.

    E revolta civil foi o que de fato aconteceu, tendo duração de 49 a.C. a 45 a.C. Ela envolveu da Itália à Grécia, do Egito à Espanha e das províncias dos Bálcãs às províncias da África. O embate final da campanha ocorreu em 17 de março de 45 a.C., em Andaluzia, no sul da Espanha, e ficou conhecido como a Conflito de Munda. Dezenas de milhares de soldados de Pompeu foram mortos e César retornou a Roma antiga vitorioso.

    Batalhas e armas antigas na Espanha

    A arma ou projétil de arremesso entalhado fornece aos arqueólogos mais algumas informações sobre os confrontos espanhóis da revolta civil. Um dos lados menciona uma cidade que jamais apareceu nos registros dos conflitos de César no país — IPSCA — enquanto o outro exibe CAES, uma forma abreviada do nome do general. O artefato é conhecido como “glans inscripta” (arma inscrita) pelos especialistas, mede 4,5 cm por 2 cm, pesa 71 gramas e possui uma parte deformada, possivelmente por ter atingido um objeto resistente ao ser lançado.

    Como o artefato foi encontrado próximo a Montilla, a localização provável de Munda nos tempos romanos, acredita-se que Ipsca tivesse realmente sido envolvida na última batalha decisiva da revolta civil, embora não seja mencionada na narrativa do conflito. No século I a.C., muitos projéteis eram inscritos, visto que serviam bem para mensagens curtas e específicas.

    No caso da arma espanhola, o objetivo era provavelmente propaganda política e estímulo para as próprias tropas do futuro ditador, mostrando que a cidade Ipsca apoiava César, e não Pompeu. Na Espanha, há apenas uma arma além da recentemente encontrada que leva o nome de César, na qual se lê CAE / ACIPE, frase em latim que significa literalmente “pegue isto, César”, mas que, coloquialmente, equivale a “toma essa, César”, possivelmente uma provocação das tropas de Pompeu.

    A arma do estudo recente é a primeira aparição de um projétil usado pelo exército de César, e é uma informação importante aos historiadores, visto que a maioria das cidades locais da Europa apoiou Pompeu. Ispca parece ter apoiado o general e provavelmente fabricou munição, além de talvez providenciar fundeiros para seu exército.

    Fonte: Zephyrvs

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