terça-feira, 2 julho, 2024
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    Athletico-PR x Rayo Zuliano: Por que agremiações surgem e desaparecem repentinamente na Venezuela

    O futebol venezuelano é historicamente o mais frágil entre os países afiliados à CONMEBOL. E isso não se deve apenas à crise econômica e política do país nos últimos anos, tem também um forte lado cultural, visto que o ‘Balompié’ (futebol, em espanhol) não é o esporte mais popular por lá.

    Apesar disso, tem havido progresso na revelação de jogadores que hoje se espalham por várias ligas mundo afora. A seleção atual sonha inclusive com sua primeira participação em uma Copa do Mundo pois começou bem as eliminatórias e tem conseguido encher o estádio que escolheu como sede.

    Esta melhora, entretanto, não se observa nos clubes que disputam a Libertadores ou a Sul-Americana, nas quais, invariavelmente, as equipes venezuelanas são eliminadas precocemente.

    Que o investimento é diminuto e não há grande infraestrutura, todo mundo sabe. Mas um outro fenômeno do futebol venezuelano dificulta a consolidação de associações em nível local e internacional.

    É a enorme fragilidade organizacional dos clubes. É bastante comum que times cessem suas atividades de maneira inesperada e outros surjam do nada na primeira divisão e nas competições da Conmebol. Como é muito complicado quitar as contas, muitos times se afundam em dívidas e fecham as portas. Ou negociam seus direitos esportivos para saldar a dívida com os credores.

    O clube foi estabelecido em 2005, porém não obteve bons resultados e interrompeu as atividades em 2009. Dez anos mais tarde, um trio de empresários do qual faz parte um deputado chamado Fidel Madroñero iniciou um projeto esportivo em Maracaibo, que tem claras intenções políticas, e decidiu resgatar o nome do Rayo.

    Para ingressar no campeonato nacional, eles adquiriram os direitos esportivos de um time da segunda divisão, o Atletico Furrial, e deram início às suas atividades. Posteriormente, arrendaram o Estádio Pachencho Romero, que estava abandonado pelo governo, e o reformaram. O próximo passo foi comprar o outro clube da cidade, o Zulia FC, que era de propriedade de César Farias, ex-técnico da seleção venezuelana e hoje no América de Cali-COL.

    Pagando cerca de duzentos mil dólares, o Rayo passou a ter vaga na primeira divisão local – atualmente, é o 12º colocado entre 14 participantes, com 6 pontos ganhos em 11 partidas. Em três anos, o projeto ganhou reconhecimento internacional.

    O Zulia FC era o projeto de clube mais duradouro da cidade de Maracaibo – existia há 17 anos.

    Outros tantos tiveram vida curta.

    Atualmente, a primeira divisão é liderada pela Universidad Central da Venezuela (UCV), um clube antigo de Caracas, capital do país, que estava na terceira divisão até ser adquirido por empresários e subir rapidamente. Há vários outros times recém-chegados à elite do futebol da terra de Simón Bolívar: Angostura, Inter Barinas e Metropolitanos, por exemplo. Enquanto isso, times que recentemente estiveram na Libertadores desapareceram, caso do Deportivo Lara.

    Ainda existem os clubes grandes, como Táchira e Caracas, que se mantêm firmes. Por outro lado, o Zamora, do irmão de Hugo Chávez, fez sucesso há pouco e tempo e hoje é vice-lanterna. Só está à frente do Estudiantes de Mérida, que completa cinquenta anos de uma rara resistência na última posição da tabela. São as idas e vindas de um futebol pouco consolidado e, portanto, sujeito às investidas políticas e empreendimentos comerciais.

    Onde assistir a Athletico-PR x Deportivo Rayo Zuliano?

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