O plano de desestatização da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) progrediu em mais uma etapa na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) e está pronto para ir a votação em plenário.
O parecer do deputado estadual Barros Munhoz (PSDB) sobre o projeto de lei (PL) foi aprovado pelo Congresso de Comissões da Alesp nesta quarta-feira, 22. O relatório recebeu 27 votos a favor e 8 contrários.
Os deputados da situação esperam que a votação que decidirá a desestatização ocorra entre os dias 4 e 6 de dezembro.
Antes de ser submetida ao plenário da Casa, a proposta será debatida na terça-feira, 28, em uma audiência marcada pela Frente Parlamentar Contra a Desestatização da Sabesp, coordenada por um deputado de oposição, Emídio de Souza (PT).
Votação para a desestatização da Sabesp
A presidência da Alesp pretende incluir a votação da Sabesp por toda a Casa para o mesmo dia, horas após a audiência. Para ser aprovado, o PL precisa de 48 votos dos 94 deputados.
Atualmente, o governo de São Paulo possui 50,3% das ações da empresa. A intenção do Estado é reduzir sua participação para algo entre 15% e 30%.
Investimentos
Segundo o diretor-presidente da estatal, André Salcedo, a Sabesp deve investir cerca de R$ 56 bilhões até 2033 para universalizar os serviços de água e saneamento em São Paulo.
De acordo com ele, esse aumento de investimentos resultará em um aumento na tarifa. Contudo, para Salcedo, a desestatização pode aprimorar a eficiência da empresa e controlar esse aumento.
Inaugurada em 1973, a Sabesp é uma das maiores empresas de saneamento do mundo.
A empresa é responsável pelo abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto de 375 municípios do Estado de São Paulo, atendendo 28,4 milhões de pessoas.