O líder dos Estados Unidos expressou sua expectativa de que mais cidadãos sejam libertados pelo Hamas até segunda-feira (27.nov)
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, declarou que a liberação de prisioneiros na sexta-feira (24.nov.2023) foi apenas o “início”. O político ainda ressaltou que “não vai desistir” até que todos os civis detidos pelo Hamas na Faixa de Gaza “retornem para suas residências”.
Em um discurso na sexta-feira (24.nov), o líder norte-americano indicou que a expectativa é de que mais prisioneiros sejam libertados a partir de sábado (25.nov). “Nas próximas dias, esperamos que dezenas de prisioneiros sejam reunidos com suas famílias”, afirmou.
No primeiro dia do cessar-fogo de 4 dias, o grupo extremista Hamas liberou 13 prisioneiros israelenses mantidos em Gaza desde o início da guerra, em 7 de outubro. A iniciativa é parte do acordo de trégua estabelecido na terça-feira (21.nov) com Israel. O governo do Catar, que intermediou o cessar-fogo, também comunicou que 10 prisioneiros tailandeses e 1 filipino teriam sido libertados pela organização palestina.
Biden afirmou que as libertações de hoje são resultado de “muito trabalho árduo e semanas de envolvimento pessoal”, destacando os esforços “incessantes” da Casa Branca para garantir o retorno dos prisioneiros desde o momento de sua captura.
Mediado também por EUA e Egito, o cessar-fogo de 4 dias estabelece a libertação de pelo menos 50 dos mais de 240 prisioneiros mantidos pelo Hamas. Em contrapartida, Israel libertará pelo menos 150 detentos palestinos.
“Nas próximas horas, saberemos quais serão as próximas liberações”, disse Biden. O presidente, porém, declarou não ter previsão de quando os prisioneiros norte-americanos serão soltos pelo grupo extremista. “Não conhecemos as condições deles. Não sabemos quais detentos específicos serão libertados”.
Segundo o político, o cessar-fogo é uma oportunidade “crucial” para a entrega de ajuda humanitária aos civis em Gaza, como alimentos, combustível e água. “Não iremos desperdiçar um minuto”, declarou. O envio de 300 caminhões com assistência humanitária e 4 de combustível por dia ao território palestino também está no acordo.
OUTROS PAÍSES COM REFÉNS
Conforme a Al Jazeera, mais da metade dos 240 prisioneiros mantidos pelo Hamas são estrangeiros ou possuem dupla nacionalidade ligada a aproximadamente 40 países. O Brasil não está incluso.
A relação engloba nações como:
- Alemanha;
- Argentina;
- Chile;
- Espanha;
- Estados Unidos;
- França;
- Reino Unido;
- Portugal; e
- Tailândia.
ACORDO
Na primeira fase do acordo, o Hamas deve soltar aproximadamente 50 mulheres e crianças israelenses com menos de 19 anos detidas em Gaza, enquanto Israel deverá libertar cerca de 150 detentos palestinos – a maioria mulheres e menores.
Em comunicado publicado pelo Hamas na quarta-feira (22.nov) no Telegram, o grupo detalha outros termos do acordo. São eles:
- proibição do tráfego aéreo no sul de Gaza por 4 dias;
- proibição do tráfego aéreo no norte de Gaza por 6 horas em cada dia de trégua;
- livre circulação de pessoas, especialmente na rua Salah Al-Din, para facilitar o deslocamento do norte para o sul de Gaza.
O acordo também estabelece que Israel permitirá a entrada em Gaza, pela fronteira com o Egito, de aproximadamente 300 caminhões com ajuda humanitária e 4 de combustível por dia.
Na segunda fase da trégua, o Hamas poderá libertar mais prisioneiros em troca de Israel estender o cessar-fogo.
Estima-se que cerca de 240 pessoas estejam mantidas prisioneiras desde o início da guerra, em 7 de outubro, sendo a maioria israelense.
