O cidadão norte-americano fez uma declaração ao criticar os ataques russos e enfatizou que não pode desapontar os ucranianos
O mandatário dos Estados Unidos, Joe Biden, declarou na sexta-feira (29.dez.2023) que o país pode se envolver ativamente na guerra entre a Rússia e a Ucrânia caso Vladimir Putin continue com ataques de grande proporção contra o país vizinho.
“Quando ditadores e autocratas são permitidos a agir na Europa ignorando as regras, aumenta o risco de os Estados Unidos serem diretamente atraídos [no conflito]“, escreveu Biden. Conforme o norte-americano, a ofensiva russa realizada na sexta-feira (29.dez) foi “o maior ataque aéreo desde o início da guerra”.
Segundo autoridades ucranianas, pelo menos 30 pessoas faleceram e pelo menos outras 150 ficaram feridas depois que a Rússia lançou cerca de 158 mísseis e drones contra a capital Kiev, Odessa, Kharkiv, Dnipro, Lviv e Zaporizhzhia. “A Rússia nos atingiu com quase tudo que tem em seu arsenal”, afirmou o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
A ofensiva atingiu uma maternidade, centros comerciais e áreas residenciais na Ucrânia. “É um duro lembrete ao mundo de que, depois de quase 2 anos desta guerra devastadora, o objetivo de Putin permanece inalterado. Ele procura destruir a Ucrânia e subjugar o seu povo. Ele deve ser detido”, declarou Biden.
O norte-americano também indicou que, a menos que o Congresso tome “medidas urgentes” em 2024, o país não conseguirá manter o envio de equipamentos militares à Ucrânia. “O Congresso deve se prontificar e agir sem mais demora”, afirmou o presidente. “Não podemos desapontar a Ucrânia. A história julgará severamente aqueles que não responderem ao chamado da liberdade”, disse.
O Congresso dos EUA bloqueou a aprovação de um pacote de US$ 61 bilhões em assistência à Ucrânia. Antes de liberar a verba, congressistas querem que o presidente Biden autorize o aumento de recursos para o combate à entrada de imigrantes pela fronteira com o México. Desde o início do conflito entre a Rússia e a Ucrânia, o governo dos EUA já enviou mais de US$ 75 milhões a Kiev, incluindo apoio humanitário, financeiro e militar.
O Pentágono tem atualmente US$ 4,4 bilhões disponíveis para fornecer armamentos diretamente a Kiev a partir do estoque do Departamento de Defesa norte-americano, segundo o porta-voz Garron Garn. Entretanto, a transferência dessas armas está limitada pela necessidade de financiamento para repor os estoques nacionais, que estão quase esgotados.
O Orçamento de Segurança de Emergência proposto por Biden, em discussão no Capitólio, é de US$ 111 bilhões. Esse suplemento contemplaria mais de US$ 60 bilhões em ajuda para a Ucrânia, mais de US$ 14 bilhões para Israel, além de financiamento para Taiwan.