terça-feira, 2 julho, 2024
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    Brasil precisa diminuir a exportação de soja, apesar da extensa oferta global


    O Brasil está previsto para exportar menos soja em 2024, devido à redução na colheita 2023/24, em razão do clima desfavorável, especialmente em Mato Grosso.

    Mesmo assim, há indícios de grande oferta global do grão oleaginoso, que, aliados aos sinais de fraca demanda nos Estados Unidos, mantiveram os preços internacionais da soja sob pressão.

    As exportações de soja do Brasil devem totalizar 94 milhões de toneladas em 2024, em comparação com 101,86 milhões em 2023. A projeção faz parte do panorama de oferta e demanda brasileiro, divulgado por Safras & Mercado. No relatório anterior, divulgado em janeiro, as estimativas eram de 95 milhões de toneladas para cada uma das temporadas.

    Desdobramento de soja

    Safras indica esmagamento de 54,3 milhões de toneladas em 2024 e de 53,5 milhões de toneladas em 2023, com um aumento de 1% entre uma temporada e outra.

    Não houve mudança na previsão em comparação com janeiro. Safras indica importação de 110 mil toneladas em 2024, em contraste com 181 mil toneladas em 2023.

    Em relação à temporada 2024, a oferta total de soja deverá diminuir 6%, passando para 154,492 milhões de toneladas. A demanda total está projetada por Safras em 151,3 milhões de toneladas, diminuindo 5% em relação ao ano anterior.

    Dessa forma, os estoques finais deverão cair 40%, passando de 5,306 milhões para 3,192 milhões de toneladas.

    Diminuição das cotações

    A grande oferta mundial da soja e os sinais de fraca demanda nos Estados Unidos determinaram a diminuição das cotações, que permaneceram próximas dos menores níveis desde dezembro de 2020 em Chicago.

    Do lado da oferta, as chuvas melhoraram as condições das lavouras no Brasil e na Argentina. Além disso, os primeiros números do USDA para a próxima temporada nos Estados Unidos ficaram acima do esperado.

    Já em relação à demanda, exportações e esmagamento abaixo do esperado nos Estados Unidos adicionaram pressão sobre as cotações.

    Soja argentina e estadunidense

    soja brasil, argentina, estados unidos
    Foto: Montagem Canal Rural
    As chuvas ocorridas sobre boa parte das lavouras de soja da Argentina na última semana melhoraram as condições hídricas e de cultivo.

    Segundo a Bolsa de Cereais de Buenos Aires, a cultura está em período de definição de rendimentos, com algumas já tendo sofrido perdas no estande de planta, enquanto outras demonstrando melhora no desenvolvimento.

    A área a ser plantada com soja nos Estados Unidos em 2024 deverá ocupar 87,5 milhões de acres. A previsão foi feita durante a abertura do Fórum Anual do Departamento Agricultura dos
    Estados Unidos (USDA).

    No ano passado, a área totalizou 83,6 milhões de acres. Para a produção, o mercado projeta safra passando de 4,165 bilhões de bushels para 4,505 bilhões.

    Os estoques de passagem deverão subir de 315 milhões para 435 milhões de bushels. Os números ficaram acima do esperado pelo mercado.

    A Associação Norte-Americana dos Processadores de Óleos Vegetais (Nopa) informou que o esmagamento de soja atingiu 185,780 milhões de bushels em janeiro, ante 195,328 milhões no mês anterior. A expectativa do mercado era de 189,928 milhões. Em janeiro de 2023, foram 179 milhões de bushels.

    As exportações líquidas estadunidenses de soja, referentes à temporada 2023/24, com início em 1º de setembro, ficaram em 353.800 toneladas na semana encerrada em 8 de fevereiro.

    Para a temporada 2024/25, foram mais 24 mil toneladas. Analistas esperavam exportações entre 250 mil e 825 mil toneladas, somando-se as duas temporadas.

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