Uma das maiores agências de avaliação de riscos globais, a Fitch Ratings, rebaixou a classificação de crédito da Braskem. O anúncio, feito nesta quinta-feira, 14, ocorre em meio ao problema enfrentado por uma mina da empresa petroquímica em Maceió. Esse é um dos piores rebaixamentos enfrentados pela empresa em décadas.
A decisão foi tomada devido ao agravamento da crise de afundamento do solo em Maceió, Alagoas. O risco geológico está associado à exploração da sal-gema, uma variação de sal encontrada nas camadas subterrâneas.
O rebaixamento da nota pela Fitch ocorreu devido ao fato de que o afundamento natural encarece o acesso da empresa ao crédito, especialmente em um momento de grande incerteza em relação à necessidade de recursos.
Um segundo rebaixamento pela Fitch teria consequências ainda mais sérias para as negociações para a venda futura da empresa.
Braskem ainda possui a classificação “BBB-” atribuída pela agência “S&P”
Mesmo com o rebaixamento pela Fitch, a Braskem ainda mantém um grau de investimento com a classificação “BBB-” atribuída pela agência de avaliação de riscos “S&P”.
A agência não emitiu comentários a respeito do risco de colapso de uma das minas em Maceió. No entanto, a Fitch expressou a possibilidade de reavaliar a classificação caso a situação se deteriore ainda mais.
Até o momento, a empresa já amargou um prejuízo de R$ 14,4 bilhões. No entanto, com a crise em Maceió e o subsequente declínio e agravamento dos problemas geológicos, a empresa se viu obrigada a recorrer a financiamentos para a petroquímica.
A alavancagem é uma estratégia financeira para aumentar a rentabilidade, que consiste em obter empréstimos.
No entanto, é certo que os custos devem superar o valor atual, uma vez que há processos judiciais contra a empresa e uma disputa política que pode acabar pesando financeiramente sobre a Braskem.