O diretor da Universidade Zumbi dos Palmares, José Vicente, participou do Jornal da Cultura nesta quinta-feira, 15. Durante sua participação, Vicente enalteceu o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes como ‘herói nacional’.
Vicente justificou sua afirmação destacando que Moraes atuou conforme a legislação durante as investigações sobre a suposta tentativa de golpe de Estado envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados.
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Para Vicente, Moraes está conduzindo o processo de maneira “correta, serena e rigorosa”. O diretor ainda ressaltou que o ministro está garantindo os direitos de todos os envolvidos e seus advogados.
O diretor também afirmou que o ministro não pode ser destituído antes de concluir o processo e punir todos os responsáveis.
Segundo Vicente, o arredamento de Moraes não é “razoável”
Em sua declaração no programa da TV Cultura de São Paulo, José Vicente também abordou o pedido de afastamento de Alexandre de Moraes feito pelos advogados de defesa de Bolsonaro. Vicente afirmou que o afastamento é improvável e que, caso ocorra, não será “razoável”, pois, em sua visão, o ministro está participando das investigações sobre a suposta tentativa de golpe de Estado.
Os advogados de Bolsonaro protocolaram a arguição de impedimento no STF na quarta-feira 14. A solicitação, assinada pelo advogado Fabio Wajngarten e outros profissionais, foi direcionada ao presidente do Supremo, Luís Roberto Barroso. Além do afastamento de Moraes, a defesa do ex-presidente da República busca a anulação de todos os atos realizados pelo ministro até o momento.
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Na petição, os advogados afirmam que Moraes está atuando como vítima e juiz do processo simultaneamente, o que é proibido pela legislação brasileira. A imparcialidade do juiz responsável pelo julgamento é uma norma em todos os regimes democráticos.
“Tanto o conteúdo da representação [da Polícia Federal que investiga a suposta tentativa de golpe] quanto a decisão revelam, de maneira indubitável”, afirma a defesa de Bolsonaro. “Uma narrativa que coloca o ministro relator no papel de vítima central das supostas ações que estariam sendo objeto da investigação, destacando diversos planos de ação que visavam diretamente sua pessoa.”