O líder do Município Maravilhoso, Eduardo Paes (PSD), teve o deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil-RJ) em sua equipe de gestão municipal. O político foi detido na manhã deste domingo, 24, sob suspeita de ter sido o mandante do crime que resultou nas mortes da vereadora carioca Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
Chiquinho foi designado por Paes como secretário de Ação Comunitária. Conforme o jornal O Globo, ele assumiu o cargo em 3 de outubro do ano anterior. No momento da nomeação, a Prefeitura do Rio de Janeiro divulgou uma foto em que ambos apareciam sorridentes.
A indicação de Chiquinho para o posto de secretário da administração carioca foi realizada no instante em que as investigações sobre os assassinatos no caso Marielle avançavam contra a família dele. Irmão do deputado federal e atual ministro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), Domingos Brazão, passou a ser alvo do Superior Tribunal de Justiça. Domingos também foi detido na manhã deste domingo.
Assim como Chiquinho, Domingos é apoiador político do líder municipal carioca. Registros nas redes sociais evidenciam o hoje ministro do TCE-RJ em ações a favor de Eduardo Paes em campanhas políticas. Além disso, em 2010, ele fez campanha em prol de Dilma Rousseff, que concorria à Presidência da República pelo PT.
Desligamento de Chiquinho Brazão do secretariado de Eduardo Paes
Chiquinho Brazão ocupou o cargo de Secretário de Ação Comunitária do Rio de Janeiro por apenas quatro meses. Ele solicitou seu afastamento do cargo no início de fevereiro, período que coincide com o avanço das investigações da Polícia Federal envolvendo Domingos Brazão.
Naquele momento, Paes não se manifestou sobre a saída de Chiquinho Brazão de sua equipe de secretários. Até o momento, o líder municipal carioca não fez declarações a respeito da detenção de seu apoiador político.