Ao realizar um discurso no Plenário hoje, o parlamentar Cleitinho (Republicanos-MG) questionou uma licitação realizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) com o intuito de adquirir água potável. Conforme o senador, a licitação para a compra de 109 mil recipientes de 500 ml apontou o valor de R$ 2,90 por recipiente. Quanto à água mineral com gás, o recipiente de 350 ml teve o valor estimado em R$ 2,42. Cleitinho mencionou que entrou em contato com um supermercado e foi informado de que cada recipiente de água potável de 500 ml é adquirido por R$ 0,81. No caso da água mineral com gás, o supermercado informou o valor de compra de R$ 1,38 por recipiente de 350 ml.
— O dinheiro não sai deles! O dinheiro sai de vocês! Vocês desejam pagar um valor assim? Não seria mais simples instalar um bebedouro? Que tipo de água é essa? Tem mel? — questionou o senador.
Cleitinho também fez críticas à dispensa de licitação por parte do governo para contratar uma empresa que ofereça o serviço de envio de cestas básicas para as comunidades indígenas. Ele solicitou que o Tribunal de Contas da União (TCU) apure essa situação, uma vez que o serviço foi orçado em R$ 211 milhões. Conforme o senador, o Exército já realiza esse tipo de serviço, o que acarretaria em uma economia considerável para os recursos públicos. Ele ressaltou a importância da fiscalização dos gastos públicos e afirmou que tem habilidade para realizar essa tarefa de forma eficiente.
Bolsonaro
No seu pronunciamento, Cleitinho solicitou respeito à família do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele exibiu um vídeo da esposa do ex-presidente, Michelle Bolsonaro, declarando que não se preocupa com o fato de seu marido ter passado um período na embaixada da Hungria. Michelle, a quem Cleitinho chamou de “eterna e querida primeira-dama”, afirmou que Bolsonaro é fiel e que confia plenamente nele.
— Se ela não demonstra preocupação, por que vocês estão tão preocupados? Isso se trata de medo? — questionou Cleitinho.
Falecimento do pai
O senador também falou sobre a perda de seu pai. José Maria de Azevedo faleceu na semana passada, aos 70 anos, após enfrentar um câncer na bexiga. Ele deixou esposa, quatro filhos e sete netos. Cleitinho se emocionou ao relatar que foi capaz de escutar o último batimento cardíaco de seu pai e mencionou que esse foi o momento mais doloroso de sua trajetória, porém mesmo assim expressou sua gratidão a Deus pelo tempo que pôde compartilhar com ele.
— Agradeço imensamente, meu Deus, pelos 41 anos de convivência com meu pai. Minha gratidão eterna por meu pai! — falou o senador, ajoelhando-se na tribuna.
Agência Senado
Fonte: Agência Senado
