terça-feira, 2 julho, 2024
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    Colaborador anterior de Lulinha confessa ter prestado serviço para líder do PCC, diz jornal


    Durante o depoimento à Polícia de São Paulo nas investigações sobre o homicídio do ex-líder do Primeiro Comando da Capital (PCC), Anselmo Becheli Santa Fausta, conhecido como Cara Preta ou Magrelo, o contador João Muniz Leite, de 60 anos, admitiu ter trabalhado para o criminoso por aproximadamente cinco anos. Leite também exerceu a função de contador do empresário Fábio Luis Lula da Silva, o Lulinha, e prestou serviços contábeis para Lula (PT).

    O depoimento, mantido em sigilo, foi obtido pelo jornal O Estado de São Paulo (Estadão) e divulgado nesta terça-feira (20).

    Durante o depoimento, Leite também afirmou ter ganhado 250 vezes em loterias. Ao que o contador alega, a soma desses prêmios totalizou R$ 20 milhões.

    Conforme o Estadão, Leite era uma pessoa de confiança do advogado Roberto Teixeira, compadre de Lula.

    O contador foi ouvido como testemunha no caso do triplex do Guarujá, no âmbito da Lava Jato. Na ocasião, Leite declarou ter cuidado da declaração de imposto de renda de Lula entre 2011 e 2015, no escritório de Roberto Teixeira, que também foi cliente de Leite durante 14 anos.

    De acordo com dados da Junta Comercial de São Paulo consultados pelo Estadão, entre 11 de novembro de 2019 e 31 de julho de 2023, Lulinha manteve uma de suas empresas, a G4 Entretenimento e Tecnologia Digital, registrada no mesmo endereço do escritório de Leite, em Pinheiros, zona oeste da capital.

    Ao ser procurada pelo jornal, a defesa de Lulinha afirmou que as investigações contra o contador nunca atingiram o filho do presidente. O Planalto disse que o presidente Lula (PT) não tem laços com Leite, apenas usou os serviços do contador algumas vezes.

    O depoimento de Leite à polícia ocorreu no âmbito das investigações sobre o assassinato de “Cara Preta”, ocorrido em 27 de dezembro de 2021, no Tatuapé, zona leste de São Paulo. Cara Preta foi morto ao lado do seu motorista, Antonio Corona Neto, o Sem Sangue.

    No ano seguinte, em junho de 2022, a 1.ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Dinheiro da Justiça Estadual de São Paulo determinou o bloqueio de R$ 45 milhões em imóveis e ônibus de membros do PCC e do contador.

    De acordo com o Denarc (Departamento Estadual de Investigações sobre Narcóticos), em várias ocasiões, os valores das apostas feitas por Leite na loteria excederam os valores dos prêmios. Suspeita-se que o contador esteja tentando lavar dinheiro ilegal.

    Ao admitir ter trabalhado para Cara Preta, o contador afirmou que conhecia o cliente apenas pelo nome de Eduardo Camargo de Oliveira, identidade falsa usada pelo criminoso para adquirir empresas e lavar parte do dinheiro do tráfico de drogas.

    Segundo o depoimento do contador, ele conheceu o traficante através do empresário Antonio Vinicius Lopes Gritzbach, que, em 2023, foi acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de lavagem de dinheiro do PCC e de ser o suposto mandante do assassinato de Cara Preta.

    De acordo com o MPF, Gritzbach teria aplicado um golpe de R$ 100 milhões em Cara Preta, apropriando-se de investimentos em criptomoedas.

    Após o assassinato de Cara Preta, a cúpula do PCC ordenou as mortes dos traficantes Cláudio Marcos de Almeida, o Django, e Noé Alves Schaum.

    Julgados pelo tribunal do crime, Django foi coagido a se enforcar sob o viaduto da Vila Matilde, na zona leste, em 27 de janeiro de 2022, e Schaum foi esquartejado, e a cabeça foi abandonada em uma praça no Tatuapé.

    Na véspera do Natal do ano passado, Gritzbach escapou de um atentado em seu apartamento .

    O advogado de Gritzbach negou ao Estadão o envolvimento do cliente com o assassinato de Cara Preta.

    “Desafio qualquer um a apresentar uma prova de que o Vinícius operava criptomoedas para o Anselmo (Cara Preta) . É invenção para motivar a acusação de mando do homicídio. Meu cliente era apenas um corretor de imóveis, jovem e ganancioso, que vendeu imóveis de luxo a pessoas erradas. Querem transformá-lo em bode expiatório. Por que a polícia não indiciou os compradores dos imóveis? É uma história macabra”, afirmou o advogado Ivelson Salotto.

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