Detentor do título italiano na temporada anterior e semifinalista da Liga dos Campeões no ano passado, o Milan começou a atual temporada envolto de muita expectativa. Como segundo maior vencedor europeu na história, o tradicional clube finalmente respirava após um período de crise que o colocou praticamente como um coadjuvante.
Para 2023/24, a equipe investiu mais de 120 milhões de euros em reforços de impacto, como o meio-campista Loftus-Cheek e o atacante Pulisic, que vieram do Chelsea, além de Chukwueze, ponta contratado após uma boa temporada no Villarreal. E talvez mais crucial do que tudo isso: a permanência de Rafael Leão, que estava sendo cogitado por alguns dos clubes mais ricos do continente, mas optou por ficar na Itália.
A expectativa gerada por essas movimentações, entretanto, demorou a se concretizar. Os primeiros meses foram bastante complicados. Além de não engrenar no Campeonato Italiano, o Milan ainda teve azar ao cair no grupo da morte na Champions, ao lado de Borussia Dortmund, Paris Saint-Germain e Newcastle. A equipe italiana até teve uma campanha decente, com duas vitórias, dois empates e duas derrotas, mas acabou sendo eliminada na 3ª colocação, o que resultou na ida para a Liga Europa.
E talvez tenha sido a “descida” para essa competição algo que contribuiu para “mudar o rumo”. Enquanto muitos times de peso optam por ignorar a Liga Europa, o Milan fez justamente o contrário. Como praticamente não tinha mais chances de título italiano, o foco foi completamente direcionado para o torneio continental.
Desde as eliminatórias, o treinador Stefano Pioli, que estava sob ameaça de demissão, optou por sempre escalar sua melhor equipe na competição. E não por acaso o Milan conseguiu eliminar o Rennes e o Slavia Praga, sempre em partidas com muitos gols, incluindo um 3 a 0 sobre os franceses e um 4 a 2 sobre os tchecos.
Além de posicionar a equipe entre os oito que ainda almejam o troféu europeu, essa sequência positiva também parece ter resultado em um ressurgimento no contexto local.
Desde o início do ano, foram 14 vitórias, dois empates e apenas duas derrotas. Enquanto anteriormente a equipe batalhava para se manter no G-4, hoje o rossonero é o vice-líder, somando 68 pontos, e só não almeja algo ainda maior devido ao desempenho quase impecável da Inter de Milão, com 82 pontos e 26 vitórias em 31 jogos disputados.
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Outro fator que impulsiona a equipe é o fato de que a Liga Europa é um dos poucos títulos que o Milan ainda não conquistou. Nas quartas de final, o adversário é um rival bem conhecido, a Roma, que também está em uma notável recuperação na temporada e parece ter encontrado seu caminho após a saída de José Mourinho e a chegada do ídolo Daniele De Rossi.
O time da capital, vice-campeão atual do torneio, chega com a motivação mais elevada possível, vindo de uma vitória no clássico local contra a Lazio e contando com Dybala como sua grande referência técnica.
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