sexta-feira, 5 julho, 2024
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    Como surge um vulcão | Do movimento das placas tectônicas à erupção

    Originados pela movimentação das placas tectônicas na crosta terrestre ou oceânica, os vulcões são conhecidos desde os primórdios do planeta. Durante a erupção de um vulcão, o magma (que consiste de rochas fundidas a altas temperaturas) é impulsionado das profundezas em direção à superfície terrestre, onde é expelido como lava. Outros materiais também são gerados pela atividade vulcânica, tais como gases nocivos, cinzas e piroclastos (fragmentos de rochas expelidos pelo ar, como projéteis).

    Em sua forma mais clássica, um vulcão apresenta um formato cônico e montanhoso. No nível mais profundo está a câmara magmática, onde se acumula uma grande reserva de magma. Com a pressão e as atividades do interior da Terra, esse material pode fraturar as rochas circundantes e avançar.

    Nesse processo, é comum que o magma “ascenda” pela chaminé vulcânica, uma estrutura geralmente vertical que atravessa as camadas menos densas da crosta terrestre. Por fim, há uma cratera de onde a lava e outros materiais são expelidos. Ao longo de milhares ou mesmo centenas de anos, todos esses fragmentos liberados tendem a moldar o cone vulcânico — a característica externa distintiva.

    Como se forma um vulcão?

    A formação de uma cadeia de montanhas leva milhares de anos. No caso dos vulcões, este processo pode ser muito mais rápido. Por exemplo, o vulcão Paricutín, no México, formou-se apenas em 1943 e agora já apresenta uma estrutura cônica bem definida. Tudo depende da quantidade de material magmático ejetado das profundezas e da interação com as placas tectônicas.

    Colisão das placas tectônicas

    O deslocamento das placas tectônicas, que se movem sobre o manto terrestre, é o que determina a formação da maioria dos vulcões, conforme apontado pelo geólogo Pércio de Moraes Branco, em um artigo para o Serviço Geológico do Brasil (SBG).

    Quando duas placas tectônicas oceânicas se chocam, uma delas mergulha sob a outra e passa por um processo de fusão. Essa região é conhecida como zona de subducção, de onde surgirá um conjunto de pequenas ilhas vulcânicas dispostas em forma de arco.

    Quando uma placa oceânica choca-se com uma continental, também ocorre a formação de uma zona de subducção, já que a placa mais leve (oceânica) submerge sob a outra. Esse é o caso da colisão entre a placa do Pacífico e a placa Norte-Americana, responsável pela formação do Círculo de Fogo do Pacífico, região conhecida pelo vulcanismo intenso.

    No caso de colisão entre duas placas continentais, geralmente não é criada uma zona de subducção. Na maioria das vezes, forma-se uma cadeia de montanhas, onde o vulcanismo tende a ser mais raro. Uma das exceções é a região onde estão localizados os vulcões Etna e Vesúvio, na Itália, pois ali ocorre uma pequena subducção.

    Se duas placas se afastam, isso resulta na formação de vulcões submarinos — o tipo mais comum de vulcanismo em todo o mundo, porém pouco observado, uma vez que está localizado principalmente no fundo dos oceanos. Eles são mais bem estudados quando começam a emergir até a superfície dos mares.

    Por fim, o vulcanismo pode ocorrer dentro das placas tectônicas terrestres. Anomalias no interior do planeta, conectadas aos sistemas de convecção mantélica, geram pontos quentes (hot spots) na superfície, como é o caso da formação das ilhas vulcânicas do Havaí, no meio da placa do Pacífico. Se a placa se desloca, um novo vulcão pode surgir no mesmo local.

    A erupção do vulcão

    Para compreender quando um vulcão entra em erupção, é preciso lembrar que o manto terrestre permanece constantemente aquecido e, eventualmente, as rochas dessa camada se transformam em magma. Quando a pressão nessa região se torna muito intensa, dá-se início à primeira fase da erupção.

    Esta etapa é caracterizada pelo surgimento de elevações no solo e por inúmeros tremores de terra. Nas áreas mais frágeis, formam-se fendas, e o fenômeno natural pode começar a qualquer momento. Nessas circunstâncias, são expelidos lava a temperaturas que variam de 700 °C a 1.200 °C, piroclastos, gases (como enxofre e dióxido de carbono), fragmentos de rochas vulcânicas resultantes da erosão e nuvens de cinzas vulcânicas.

    Para mensurar o impacto de uma erupção, no caso de erupções explosivas, utiliza-se o Índice de Explosividade Vulcânica (VEI). Nessas situações, é necessário medir o volume do material expelido e a altura alcançada por esse material.

    Fonte: Serviço Geológico do Brasil  

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