sexta-feira, 5 julho, 2024
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    Coreia do Sul vai capturar CO2 e purificar água com a mesma tecnologia

     

    Um novo empreendimento na Coreia do Sul planeja capturar 50.000 toneladas de dióxido de carbono por ano e, simultaneamente, converter água salina em água potável, solucionando duas questões em uma única instalação, a primeira do gênero no mundo. A tecnologia será implantada no Complexo Industrial de Daesan e faz parte das novas estratégias para capturar e utilizar CO2 que diversos países estão desenvolvendo a partir de recentes compromissos de eliminar a emissão de carbono.

    Existem duas formas de lidar com as emissões de carbono. Uma envolve a instalação de módulos na própria fábrica para reduzir a emissão na atmosfera, enquanto a outra consiste em uma tecnologia de captura direta de carbono do ar (DAC, na sigla em inglês), que remove o dióxido de carbono já presente na atmosfera. Ambas geralmente requerem infraestrutura adicional com o único propósito de eliminar o CO2, mas a empresa Capture6 conseguiu combinar esse esforço com um método de purificação de água.

    Purificação dupla

    O Complexo Industrial Daesan é responsável por 40% da produção petroquímica da Coreia do Sul, mas secas intensas nos últimos anos levaram à escassez de água na região e à dependência de fontes externas de água. A empresa estatal de água, K-Water, está construindo uma plataforma de dessalinização de água para ajudar a suprir essa necessidade hídrica, mas, devido à produção petroquímica, a região emite 17 MtCO2e (toneladas métricas de CO2e) por ano.

    A tecnologia da Capture6, que utiliza o método DAC, é a primeira no mundo a poder solucionar ambos os problemas simultaneamente. Localizada na área industrial, a instalação da empresa abrigará o Projeto Octopus, que deve contribuir para a dessalinização da água em parceria com a K-Water e utilizar a água salgada para produzir um solvente removedor de carbono, a ser utilizado nas aplicações de captura de CO2 do ar. Além de tornar ambas as funcionalidades mais econômicas, ainda resultará na produção de água potável e deverá auxiliar em outras questões ambientais.

    O processo de dessalinização gera salmoura, que pode prejudicar os ecossistemas marinhos se despejada no mar ou no oceano. A Capture6 planeja utilizar a salmoura para produzir produtos químicos sustentáveis, como ácido clorídrico e carbonatos de cálcio, utilizados nas indústrias da Coreia do Sul. Na região, esses produtos também devem auxiliar na descarbonização das operações de gerenciamento da água.

    Esses produtos normalmente são fabricados a partir de combustíveis fósseis importados para o país, mas, nesse caso, serão produzidos a partir de resíduos de outros processos, o que poderá reduzir o impacto ambiental. Tudo isso resulta em uma economia circular, mais sustentável do que a anterior. Resta saber se os resultados serão tão positivos quanto as projeções da empresa, otimismo esse compartilhado pela diretoria da K-Water.

    Fonte: Capture6

     

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