A luta contra a corrupção tem sido uma fraqueza na administração do presidente Lula. Nos dois mandatos iniciais de líder político foram manchados por escândalos relacionados ao mensalão e a desvios na Petrobras.
Agora, com o terceiro mandato, completando 11 meses de gestão, 59% da população considera como “ruim ou péssimo” a atuação do petista no combate à corrupção, de acordo com os resultados da mais recente pesquisa do Instituto Datafolha, divulgados nesta sexta-feira, 8.
O presidente mantém Juscelino Filho (União Brasil-MA), deputado licenciado, como ministro das Comunicações, mesmo após este ter sido alvo de uma operação da Polícia Federal (PF), em setembro, por suspeita de desvio de recursos públicos por meio de emendas parlamentares.
Segundo o recorte do levantamento do Datafolha, 23% consideram regular e somente 15% acham “ótimo ou bom”. A margem de erro é de 2 pontos percentuais.
Comparando com o primeiro ano de governo de Bolsonaro, 50% avaliaram a atuação contra a corrupção como “ruim ou péssima”, 29% consideraram “ótimo ou bom” e 19% regular.
Lula recebe avaliação negativa no combate à fome e pobreza
De acordo com a pesquisa, Lula também foi mal avaliado no combate à fome e à pobreza.
Para 40% da população, a gestão do petista é “ruim ou péssima” nesse aspecto. A avaliação de 31% é “regular” e de outros 28% é “ótimo ou bom”.
No que diz respeito à confiança em Lula, 40% dos entrevistados afirmaram nunca confiar no que ele diz. Já 35% declararam confiar às vezes, enquanto 24% afirmaram confiar sempre.
Conhecido por seus discursos improvisados, Lula tem sido alvo de críticas até mesmo por parte de seus apoiadores devido às gafes cometidas em declarações sobre diversos assuntos.
O Palácio do Planalto minimizou os resultados das pesquisas de opinião desta semana e acredita que os indícios de desgaste do governo de Lula são temporários.
O ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, afirmou que os efeitos dos programas lançados pelo governo Lula ainda não atingiram toda a população.
De acordo com o Ipec, a avaliação negativa do governo subiu cinco pontos percentuais em três meses: 25% consideravam a gestão como ruim ou péssima, índice que subiu para 30% agora.
