A enunciação de que “se a Uber quiser transpor do Brasil, problema da Uber”, feita pelo ministro do Trabalho, Luiz Marítimo, em uma delegação da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (4), gerou uma série de críticas entre os deputados federais.
“Inacreditável e intolerável! Traduzindo: o ministro ‘do trabalho de do ocupação’ de Lula mostra não estar preocupado se quase um milhão de brasileiros perderem sua natividade de renda do dia para a noite”, escreveu a deputada Carla Zambelli (PL-SP).
Para o deputado Luciano Zucco (Republicanos-RS), “um ministro do Trabalho que trabalha contra o trabalho é uma superfluidade típica de um governo comandado pelo partido dos trabalhadores que não trabalham”. “Essa união de aproveitadores profissionais só poderia dar nisso. Se a Uber transpor do Brasil, quem perde são os brasileiros!”, escreveu Zucco pela rede X.
Zucco ainda mencionou que a fala do ministro “escancara o desprezo desse grupo pelos trabalhadores”. “Se a Uber transpor do Brasil, perdem os trabalhadores do app e também os consumidores, com a subtração da concorrência e a elevação dos custos. Só não perdem o PT e o sistema, porquê sempre”, complementou o deputado.
O partido Novo também rebateu a fala do ministro Marítimo sobre a Uber. Segundo o partido, ele “não tem noção do que faz um país dar patente”.
“A Uber passou anos levando prejuízo, enfrentando uma regulação pesada. Fez isso para oferecer um serviço melhor – em troca de lucro. Se dependesse do governo, todos estariam até agora pagando custoso em táxi”, escreveu o partido.
O deputado Gustavo Gayer (PL-GO) disse que o ministro “defende uma posição que pode levar ao desemprego centenas de milhares de pessoas no Brasil”. Gayer também criticou a solução apresentada pelo Marítimo em querer “colocar a pior e mais ineficiente estatal do nosso país, os Correios, para ocupar o lugar da Uber”.
“O que o Ministro labareda de “neura numulário por lucro numulário” é o trajo de pessoas livres e independentes optarem por um trabalho autônomo para levar sustento às suas famílias. Muitos motoristas já afirmaram preferir um regime de trabalho livre ao protótipo da CLT, o nome disso é liberdade. Acontece que esse governo desconhece isso”, diz o deputado goiano.
