terça-feira, 2 julho, 2024
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    Descansar mais pode “limpar” o seu cérebro do que não é útil


    Há muito tempo estamos cientes da importância de ter oito horas de repouso. Contudo, sempre surgem mais motivos para dar valor a um bom descanso e com todas as horas necessárias. Dormir bem e pelo tempo adequado pode deixar seu cérebro mais “limpo”, conforme revelado em uma pesquisa da revista Nature.

    Nossos neurônios permanecem ativos durante o período de descanso. Podemos não perceber, mas o cérebro utiliza esse momento de revitalização para se livrar do “entulho” que se acumulou ao longo das horas em que permanecemos acordados.

    O sono funciona como uma espécie de reinício em nossa mente. Já se sabia cientificamente que as oscilações cerebrais lentas estavam relacionadas a um sono reparador; e pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Washington, em St. Louis, descobriram a explicação para isso agora.

    Imagem: Gorodenkoff/Shutterstock

    Como o cérebro elimina o “entulho” gerado durante o dia enquanto estamos em repouso

    • Enquanto estamos conscientes, nossos neurônios necessitam de energia para sustentar atividades complexas, como resolver problemas e armazenar informações na memória.
    • O dilema é que, a cada uma dessas atividades, “resíduos” são deixados para trás, ainda presentes no cérebro.
    • Durante o sono, os neurônios utilizam oscilações rítmicas para movimentar o líquido cérebro-espinhal através do tecido cerebral, eliminando resíduos metabólicos no processo.

    Em outras palavras, durante o repouso, os neurônios necessitam “remover o entulho” do dia, para que não se acumule e possa potencialmente contribuir para doenças neurodegenerativas. “Os neurônios funcionam como gestores da limpeza cerebral”, afirma o grupo de pesquisadores.

    Os cérebros humanos evoluíram para possuir bilhões de neurônios no tecido funcional, ou parênquima, do cérebro, protegidos pela barreira hematoencefálica.

    Tudo que esses neurônios realizam gera resíduos metabólicos, frequentemente sob a forma de fragmentos de proteínas. Outras pesquisas descobriram que esses fragmentos podem contribuir para doenças neurodegenerativas como o Mal de Alzheimer.

    O cérebro deve eliminar esse “entulho” de alguma maneira, e faz isso através do denominado sistema glinfático, que transporta o líquido cérebro-espinhal, movendo os detritos para fora do parênquima por meio de canais localizados próximos aos vasos sanguíneos.

    Para comprovar como o sistema glinfático remove esse resíduo, os pesquisadores conduziram experimentos em ratos, inserindo sondas em seus cérebros e implantando eletrodos nos espaços entre os neurônios. Os roedores foram anestesiados para terem o sono induzido.

    Sono dormir
    Imagem: Shutterstock/Ground Picture

    Como reação, os neurônios dispararam intensas correntes elétricas depois que os animais adormeceram. Embora as ondas cerebrais durante a anestesia fossem geralmente longas e lentas, elas desencadeavam ondas de corrente correspondentes no líquido cérebro-espinhal.

    O fluido então fluiria através da dura-máter, a camada externa de tecido entre o cérebro e o crânio, levando consigoo refugo.



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