Por meio da tecnologia laser LiDAR, pesquisadores encontraram mais vestígios de antigas cidades perdidas na Amazônia equatoriana, parte de uma ampla rede de povoados de até 2.500 anos atrás. A nova parte da metrópole pré-colombiana foi descoberta no Vale de Upano, localizado no centro-sul do Equador, por meio da cartografia e detecção de luz realizada por lasers aéreos.
Essa inovação nos métodos de pesquisa possibilita vasculhar extensas áreas de terra sob a cobertura arbórea, identificando, por meio de laser, vestígios de estruturas muitas vezes invisíveis a olho nu devido à cobertura florestal. Outros exemplos de urbanização na Amazônia já foram encontrados na Bolívia e no Brasil, permanecendo ocultos por séculos ou até mesmo milênios.
Civilizações pré-colombianas na Amazônia
A civilização amazônica, cujas cidades perdidas foram recentemente descobertas, teve origem há aproximadamente 2.500 anos, construindo intensamente entre 500 a.C. e 600 d.C. Cidades e vilarejos foram erguidos e conectados por grandes e retas estradas, totalizando pelo menos 15 assentamentos distintos, de diversos tamanhos.
No recente achado, foram encontradas praças e 6.000 plataformas retangulares com 20 metros de comprimento, 10 metros de largura e até 3 metros de altura. Dado que na Amazônia há poucas rochas, as estruturas teriam sido construídas com terra e lama empilhadas. Os cientistas descrevem os assentamentos como exemplos de “urbanismo de jardim”, nos quais as construções humanas estão intimamente ligadas a terrenos agrícolas, com sistemas de drenagem e extensos terraços.
Segundo relatos informais, os colonizadores europeus teriam encontrado grandes cidades ao chegarem à Amazônia, as quais, ao longo do tempo, teriam sido absorvidas pela floresta. Embora tenham sido consideradas apenas lendas, a ciência pode estar descobrindo as famosas metrópoles pré-colombianas, gravação após gravação.
Fonte: Science