Indivíduos com diabetes tipo I necessitam receber insulina diariamente. Novo composto pode aprimorar qualidade de vida delas
No estudo, o grupo explica como eles produziram sua insulina, como ela funciona e seu efeito em ratos diabéticos e miniporcos.
O diabetes tipo I é uma enfermidade crônica em que o pâncreas produz insuficiente ou nenhuma insulina. O tratamento para pessoas com a condição inclui dieta adaptada e injeções regulares de insulina. Muitos diabéticos precisam realizar a aplicação da insulina mais de uma vez por dia, o que é desconfortável e por vezes doloroso. Com o tempo, a pele nos locais de injeção tende a se tornar mais rígida, dificultando a inserção da agulha.
Nesse novo projeto, os especialistas desenvolveram um novo tipo de insulina que responde a certos elementos do organismo, possibilitando o controle automático dos níveis de glicose no sangue por um período prolongado.
A nova insulina avançada é uma versão modificada da insulina já utilizada — os pesquisadores acrescentaram ácido glucônico, que ao ser injetado no corpo se converte em um complexo ao se ligar a substâncias químicas no sangue. Esses complexos fazem com que a insulina fique retida em um polímero natural, ocasionando modificações na sinalização. Diversas quantidades de insulina são liberadas conforme os níveis de glicose no sangue. Isso possibilitou que mais insulina fosse automaticamente liberada no sangue quando necessário (como após uma refeição) e menos quando não.
Os pesquisadores testaram a insulina modificada em três miniporcos e cinco camundongos — todos geneticamente modificados para desenvolverem diabetes. Dois dos miniporcos receberam uma dose elevada, enquanto o terceiro recebeu uma dose reduzida.
Ao monitorar os animais de teste nas semanas seguintes, a equipe de pesquisa notou que o miniporco que recebeu a dose reduzida apresentou um controle mais estável da glicose em comparação com os outros miniporcos que receberam uma dose elevada e também em comparação com os miniporcos de controle que receberam injeções diárias de insulina padrão.
Os pesquisadores sugerem que suas descobertas são promissoras para um novo tipo de tratamento para pacientes com diabetes tipo I. Os especialistas continuarão testando a insulina avançada em animais e, se tudo continuar progredindo, passarão para testes em humanos.
