A discrepância do valor de paridade de importação (PPI) da gasolina atingiu 18%, e a do diesel 16%, quando comparados com o preço de venda para o exterior. A Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) tornou público nesta quarta-feira, 3, o cálculo desses números no relatório de julho.
Desde maio de 2023, a Petrobras não adota mais a equiparação internacional dos preços do petróleo e seus derivados. Esse alinhamento tinha como objetivo equiparar os preços internos dos combustíveis com os valores praticados no mercado externo. Com a decisão governamental, as flutuações dos preços externos deixaram de impactar o mercado nacional.
“Apesar da estabilidade na cotação do dólar, os preços de referência da gasolina e, sobretudo, do óleo diesel tiveram uma alta no mercado internacional no último dia útil”, relatou a Abicom. “De forma geral, os preços observados estão abaixo da paridade para o óleo diesel e a gasolina.”
A gasolina A, produzida em unidades fabris e fornecida às distribuidoras sem adição de etanol, registrou um aumento de R$ 0,44 por litro. Essa elevação no preço ocorreu desde o último ajuste realizado pela Petrobras.
Divergência do combustível gasolina atinge R$ 0,76
Segundo a Abicom, os seis principais centros de produção de petróleo apresentaram uma média desfavorável no preço da gasolina de R$ 0,61 por litro. A diferença de preços em relação ao mercado internacional varia de R$ 0,76 a R$ 0,32 por litro, dependendo da refinaria em operação.
“Os valores médios da gasolina A se encontram abaixo da paridade em todos os centros analisados”, informou a Abicom.
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Em relação ao preço do diesel S10, o PPI acumula um aumento de R$ 0,52 por litro desde o último ajuste promovido pela Petrobras. Nas seis principais refinarias, a média acumulada de discrepância é de R$ 0,67 por litro. A diferença varia de R$ 0,81 a R$ 0,39 por litro.
No dia 26 de janeiro, a Acelen elevou o preço da gasolina A em R$ 0,11 por litro. A empresa também aumentou o valor do óleo diesel S10 em R$ 0,20 por litro. A Acelen é responsável pela administração da Refinaria de Mataripe, a maior sob gestão privada no país.