terça-feira, 2 julho, 2024
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    Discriminação racial é um dos elementos que contribuem para aumentar o risco de AVC em pessoas de cor

    No Dia da Consciência Negra, comemorado hoje (20), é importante recordar que o preconceito racial afeta a vida das pessoas de diversas maneiras, impactando até mesmo a saúde. Conforme pesquisa realizada pela Universidade de Boston, nos EUA, incidentes de discriminação racial aumentam o risco de uma mulher de cor sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC), também conhecido como derrame cerebral.

    Conhecido como Estudo de Saúde de Mulheres de Cor (ESMC), o estudo evidencia que mulheres de cor que foram vítimas de discriminação no ambiente de trabalho, em interações com a polícia, ou mesmo em âmbito familiar, têm um risco 38% maior de sofrer um AVC em comparação com mulheres de cor que não relataram ter passado por discriminação racial. Os dados foram publicados na revista JAMA.

    Associação entre discriminação racial e AVC

    No estudo sobre o impacto da discriminação racial nos casos de AVC em mulheres, os pesquisadores acompanharam 48,3 mil mulheres de cor dos EUA, entre os anos de 1997 e 2019. Nenhuma delas apresentava doenças cardiovasculares ou câncer no início do acompanhamento. Contudo, ao longo desses 22 anos, foram registrados 1,6 mil casos de AVC.

    De acordo com as análises, “as mulheres de cor que reportaram experiências de discriminação interpessoal em situações relacionadas ao emprego, moradia e interações com a polícia pareciam apresentar um risco aumentado de AVC”, apontam os pesquisadores.

    Indivíduos de cor e doenças cardiovasculares

    Segundo o Office of Minority Health (OMH), do governo dos EUA, adultos de cor já apresentam um risco aumentado de AVC, independentemente do impacto da discriminação racial. Por exemplo, pessoas de ascendência africana têm 50% mais probabilidade de sofrer um derrame em comparação com adultos de ascendência branca. Em particular, mulheres de cor têm o dobro de chances de sofrer um AVC em comparação com mulheres brancas não-hispânicas.

    Em relação aos óbitos, o risco de um homem de cor norte-americano falecer após um caso de AVC é 70% maior em comparação com um homem branco não-hispânico.

    E no Brasil?

    No contexto brasileiro, essa disparidade nas mortes relacionadas a derrames também é observada, conforme estudo liderado por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e publicado na Revista Saúde Pública.

    “A mortalidade por doença cerebrovascular no Brasil apresenta uma clara diferença entre brancos, pardos e pessoas de cor, com um fardo mais elevado entre pessoas de cor de ambos os sexos, seguido pelos indivíduos pardos”, afirmam os autores.

    Embora a morte seja a pior consequência de um caso de AVC, o paciente sobrevivente pode enfrentar sequelas duradouras do episódio, tais como dificuldades para engolir ou enxergar, distúrbios de coordenação, perda (parcial ou total) da capacidade de fala e redução da função cognitiva. A reabilitação é crucial para minimizar ao máximo essas complicações.

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