A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC) da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (20), reconhecimento para o deputado federal Alexandre Leite (União Brasil-SP), que no sábado (16) reagiu a uma tentativa de roubo e, em troca de tiros, atingiu um dos criminosos, que veio a falecer. Outro criminoso que participou da ação e segundo a Polícia Civil tinha histórico de tráfico de drogas, conseguiu fugir e está sendo procurado.
O pedido foi feito pelo deputado André Fernandes (PL-CE). Apenas os deputados do PT Tadeu Veneri (PR) e Jorge Solla (BA) votaram contra.
“O ato corajoso do Deputado Alexandre Leite, que conseguiu neutralizar um criminoso durante uma tentativa de assalto na região metropolitana de São Paulo, é digno de reconhecimento, aplausos e admiração. Sua valentia e habilidade não apenas salvaram vidas, mas também serviram como um lembrete do valor à autodefesa”, afirma o pedido.
O texto aprovado também traz uma crítica ao modo restritivo como o governo Lula tem lidado com a questão do acesso legal a armas e munições. “Acredita-se que permitir aos cidadãos o direito de possuir e portar um instrumento para sua autodefesa pode servir como um dissuasor para o crime, pois potenciais criminosos podem ser desencorajados pela possibilidade de encontrar resistência. Além disso, em áreas onde a resposta policial pode ser lenta ou insuficiente, a posse desses instrumentos pode oferecer aos cidadãos
uma forma de proteção pessoal”.
Compreenda o episódio de legítima defesa envolvendo Alexandre Leite
Segundo a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo, o parlamentar, que possui porte de arma, estava com a esposa no veículo quando foi abordado por dois homens em uma moto no cruzamento da marginal Pinheiros com a avenida Interlagos, na zona sul de São Paulo. Ocorreu um tiroteio e o veículo do deputado foi atingido por dois disparos, mas ele e sua esposa não se feriram. A arma do parlamentar foi apreendida para averiguação.
Filho de Milton Leite (União Brasil), presidente da Câmara de Vereadores de São Paulo, Alexandre Leite é defensor da flexibilização do acesso a armamentos na Câmara dos Deputados, onde exerce mandato desde 2011. Em 2022, apoiou a reeleição de Jair Bolsonaro (PL) na disputa contra Lula (PT) pela Presidência da República.
Foi relator do projeto de lei enviado à Câmara pelo governo Bolsonaro em 2019, para simplificar as regras de registro, posse e comercialização de armas de fogo para caçadores, atiradores e colecionadores (CACs). A proposta foi aprovada ainda naquele ano, mas está estacionada no Senado desde então.
Neste ano, Leite tem sido um opositor do decreto de Lula editado no início do ano, que criou uma série de restrições para o acesso a armas e munições. Ele chegou, inclusive, a coletar assinaturas para a aprovação de pedido de urgência para derrubar a medida.
“Nenhum decreto pode alterar uma lei que regula os armamentos. Isso viola o ordenamento jurídico e prejudica acervo dos CACs e porte de trânsito”, disse o parlamentar em março, em uma das articulações para revogar o decreto contrário às armas de Lula.
