No Brasil, mensalmente, cerca de quatro mil indivíduos são admitidos com casos de dengue clássica ou hemorrágica nas instalações do Sistema Único de Saúde (SUS).
Conforme apurado pelo periódico O Globo, com base em informações do Ministério da Saúde, os dados referem-se a 2023.
Nas primeiras quinzenas do ano, o número de ocorrências de dengue no país mais que duplicou em relação ao mesmo período em 2023: foram 120,8 mil casos agora ante 44,7 mil no ano passado.
Em 2023, o Brasil contabilizou 1,6 milhão de diagnósticos de dengue e 1.094 óbitos — foi o ano com maior número de mortes associadas à enfermidade. Até então, 2022 registrava o maior número de vítimas: 1.079.
Carência de vacinas contra a dengue
Recentemente, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, comunicou que o Brasil dispõe apenas de 5 milhões de doses da vacina contra a dengue. A quantidade é adequada somente para imunizar 1,1% da população do país.
Sem fornecer muitos detalhes, Nísia mencionou uma “doação” de vacinas contra a dengue para suprir as necessidades. A ministra também anunciou que a vacinação terá início no próximo mês.
“Vacina é um instrumento de extrema importância, porém não é o único”, afirmou Nísia, durante uma palestra no Fórum Econômico Mundial, em Davos. “Estamos recomendando estratégias de controle. Já identificamos que 75% da transmissão da doença ocorre dentro das residências ou nas redondezas. Portanto, o controle dos vetores é de extrema importância.”