A Apple planeja anular a liberação de carbono em todos os seus produtos até 2030. O Apple Watch 9 é o inicial dispositivo da marca que está direcionado a essa meta, devido às transformações implementadas na produção, destacando-se a utilização de 30% de materiais reciclados e 100% de energia sustentável.
As ações também contemplam além do Apple Park, sua base em Cupertino, Califórnia. Mais de 300 fornecedores, que representam aproximadamente 90% do consumo energético relacionado à fabricação, comprometeram-se a utilizar energia inteiramente renovável em todos os produtos Apple até 2030. Conheça mais sobre as abordagens adotadas pela Apple para preservar o meio ambiente.
Atuação em três frentes principais: eletricidade, materiais e transporte
Segundo a corporação norte-americana, o relógio foi produzido com 100% de eletricidade proveniente de fontes renováveis, mais de 30% de peças recicladas e pelo menos 50% do transporte realizado via marítima, que gera 95% menos dióxido de carbono em comparação ao meio aéreo.
Outra melhoria aplicada na logística foi o desenho mais compacto das embalagens do Apple Watch, possibilitando o transporte de até 25% mais relógios por viagem. Pela primeira vez, a embalagem é inteiramente composta por fibras, sem a utilização de plástico, material que a empresa planeja banir de todos os seus produtos até 2025. Em relação ao modelo anterior, que utilizava caixa de alumínio e pulseira com menos elementos recicláveis, a nova geração do Apple Watch diminuiu sua emissão de carbono em 78%.
A companhia também tomou medidas para reduzir o consumo de água em sua produção. De acordo com um relatório interno, desde 2013 houve uma diminuição de aproximadamente 240 bilhões de litros de água doce em 10 países, além do seu programa Zero Waste, iniciado em 2015 em parceria com seus fornecedores e que já evitou o envio de 2,5 milhões de toneladas de resíduos para aterros sanitários.
Ênfase na utilização de energia sustentável
Quase 25% da liberação de carbono da empresa provém da energia consumida durante o uso dos dispositivos Apple, o que torna a melhora da eficiência energética dos produtos um dos pontos-chave para suas metas de sustentabilidade. Em 2022, todos os dispositivos com o selo da maçã receberam a classificação Energy Star devido ao seu baixo consumo de energia. A Apple estima que nos últimos 15 anos o consumo energético médio caiu em cerca de 70%. Em alguns produtos, os impactos são mais evidentes, como no Mac mini, onde a diferença no consumo entre a geração atual e a anterior chega a aproximadamente 50%.
O compromisso com a diminuição do consumo de recursos naturais também se estende aos escritórios da empresa, projetados para não emitir carbono, assim como suas lojas e data centers, que operam com eletricidade proveniente de fontes renováveis. No entanto, a residência da maioria dos usuários ainda não conta com eletricidade proveniente de fontes renováveis. Por isso, a empresa compensa 100% da energia estimada para recarregar o Apple Watch com investimentos em projetos de energia sustentável.
Adicionalmente, os aparelhos da marca são projetados para serem reciclados ao final de sua vida útil e servirem como base para novos produtos. Em 2020, por exemplo, a Apple reciclou mais de 40 mil toneladas de lixo eletrônico. Desta forma, é possível recuperar componentes essenciais como ouro, cobalto, tungstênio e metais de terras raras, sem a necessidade de extrair novamente esses recursos naturais.
Investimento em projetos de restauração e preservação do meio ambiente
Apesar de todas as iniciativas, a empresa ressalta que ainda há uma pequena quantidade de liberação de carbono. Para anular esta quantidade, a marca continua investindo em projetos que visam proteger e recuperar o meio ambiente.
Nesse sentido, a Apple possui investimentos de até US$ 200 milhões em iniciativas para restaurar ecossistemas ameaçados. Existem projetos apoiados pela marca no Brasil, Paraguai, Colômbia, Quênia, Índia, Estados Unidos e outros países. Além de restaurar a natureza, essas ações geram retorno financeiro e movimentam a economia de comunidades locais.
Com informações da Apple.
