sexta-feira, 5 julho, 2024
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    Enfermidades ao término do ciclo na soja podem ser combatidas com uso de micronutriente

    O fenômeno El Niño tem impactado o clima em toda a nação e, consequentemente, o ciclo da principal commodity agrícola do país: a soja.

    A irregularidade na precipitação e as temperaturas acima da média têm inquietado os agricultores porque, além de interferir na produtividade, proporcionam um ambiente favorável para o surgimento das principais moléstias da cultura, especialmente as doenças de final de ciclo (DFCs), como mancha alvo e ferrugem asiática.

    Segundo a especialista em Desenvolvimento de Mercado da Brandt Brasil, Bruna Siqueira, para combater essas enfermidades e evitar prejuízos, o agricultor necessita considerar estratégias integradas de manejo fitossanitário com o intuito de obter um controle eficaz e promover maior sustentabilidade no contexto de produção.

    “Dado o panorama desfavorável para os agricultores devido às mudanças climáticas, a nutrição de plantas é uma aliada, visto que a interação entre a saúde das plantas e a nutrição tem demonstrado efeitos significativos nos últimos anos”, afirma.

    Micronutriente efetivo

    A especialista salienta que entre os micronutrientes com maior eficácia nesse cenário de clima propício às doenças de final de ciclo, o cobre é amplamente utilizado.

    “Isso se deve à sua atuação no aumento do sistema de defesa natural das plantas pelo incremento das barreiras físicas, que dificultam a entrada do agente patogênico em seus tecidos por meio do estímulo à formação de lignina nas paredes celulares”.

    De acordo com ela, o micronutriente também favorece a formação de barreiras bioquímicas, que agem sobre o agente patogênico dentro do tecido vegetal, inibindo seu crescimento e reduzindo a quantidade de lesões em virtude de seu efeito fungistático e bacteriostático (produção de fitoalexinas e compostos fenólicos).

    “Ademais, o cobre atua evitando o acúmulo de nitrato em função da melhor atividade da redutase do nitrato, culminando em menor disponibilidade de alimento para os patógenos”, ressalta.

    No entanto, Bruna adverte que o principal fator a ser observado na escolha do manejo de cobre na lavoura está relacionado à sua bioatividade.

    “A forma de cobre bioativa, ou seja, que a planta consegue absorver, proporcionará maior mobilidade ao elemento no interior da folha e estimulará naturalmente os mecanismos de resistência”, destaca.

    Produtor de soja deve adotar diversas estratégias

    A técnica da Brandt comenta que “o equilíbrio promovido por diferentes estratégias de fornecimento de nutrientes é primordial para a regulação do metabolismo das plantas e um forte aliado na redução dos danos causados por patógenos”.

    Para compreender como a nutrição se relaciona com a proteção de plantas, Bruna ressalta que cada nutriente desempenha uma função dentro do metabolismo e fisiologia das plantas.

    “Parte dos nutrientes atua no metabolismo primário, responsável pelo desenvolvimento e crescimento das plantas. Outra parte atua no metabolismo secundário (rota do ácido chiquímico e ácido malônico, por exemplo), responsáveis pela defesa vegetal”, enfatiza a especialista.

    Ela destaca, ainda, que o produtor deve unir a nutrição equilibrada das plantas a outras práticas previstas pelo Manejo Integrado de Doenças (MID).

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