sexta-feira, 5 julho, 2024
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    Escassez de combustível durante a campanha eleitoral agita o cotidiano na Argentina

     

    No decorrer da campanha eleitoral que antecede a votação em 19 de novembro, a Argentina enfrenta um problema com a falta de combustível, o que resultou em longas filas de carros nos postos de gasolina no fim de semana. O governo resolveu essa questão por meio de importações e um prazo dado às empresas petrolíferas.

    A demanda aumentada devido ao último feriado prolongado (12 a 16 de outubro) e o receio de uma possível desvalorização da moeda após as eleições em 22 de outubro, que não se concretizou, causaram uma escassez de combustível. O governo importou diversos navios para garantir o abastecimento e deu um prazo às empresas.

    A Argentina decidiu importar dez navios com combustíveis na última sexta-feira, dois dos quais chegaram neste sábado para amenizar a escassez, segundo a Secretaria de Energia, órgão vinculado ao Ministério da Economia.

    De acordo com a Confederação de Entidades do Comércio de Hidrocarbonetos e Afins da República Argentina (Cecha), agora “a fase logística da distribuição correspondente começou, e espera-se que a situação se resolva gradualmente nos próximos dias”.

    “Se o suprimento não for resolvido até a meia-noite de terça-feira, eles não poderão exportar nenhum navio a partir de quarta-feira. O petróleo tem prioridade para os argentinos”, declarou Sergio Massa, ministro da Economia e candidato à presidência pelo partido governista, ao dar um prazo às empresas.

    Em apoio a esse prazo, o Sindicato Privado de Petróleo e Gás de Río Negro, Neuquén e La Pampa, que representa os trabalhadores do setor petrolífero na bacia de Vaca Muerta, convocou uma greve para quarta-feira, alegando que as empresas “não estão cumprindo a Lei 17.319, que defende a autossuficiência e permite o desenvolvimento do setor”.

    “É uma absurdidade que se mencione constantemente em produção recorde e, ao mesmo tempo, não haja gasolina”, acrescentou a declaração.

    No cenário pré-eleitoral que antecedeu o segundo turno das eleições de 19 de novembro entre Massa e o candidato de direita Javier Milei, a oposição foi extremamente crítica em relação à situação e não faltaram mensagens e vídeos nas redes sociais denunciando a escassez de combustível.

    Tanto Milei quanto a ex-candidata do Juntos pela Mudança (centro-direita), Patricia Bullrich, agora sua aliada na corrida eleitoral, publicaram mensagens em suas contas na rede social X (ex-Twitter) mostrando filas de cidadãos esperando para abastecer.

    Amanhã expira o acordo entre Massa e as empresas petrolíferas, anunciado em 17 de agosto, após as eleições primárias (13 de agosto), de forma que o acréscimo de 12,5% imposto na época aos combustíveis pelas empresas seria o único até após as eleições gerais (22 de outubro).

    Na sexta-feira passada, a secretária de Energia, Flavia Royon, reuniu-se com as principais operadoras de distribuição de combustíveis do país – YPF, Trafigura, Panamerican Energy (PAE) e Raízen – e com os sindicatos dos postos de gasolina.

    As empresas petrolíferas lembraram que a Argentina possui um parque de refino suficiente para produzir mais de 80% da demanda doméstica de nafta e diesel e que o restante é importado, em maior ou menor grau, de acordo com o ritmo da atividade agrícola.

    Os postos de gasolina em muitas áreas da Argentina não conseguem atender ao aumento da demanda devido às discrepâncias de preços locais – o governo permite aumentos abaixo da inflação e desvalorização da moeda -, à falta de moeda estrangeira para importar o líquido que falta e às exportações para residentes de países vizinhos.

    Além dos motoristas, as maiores associações de agropecuaristas da Argentina denunciaram os problemas no fornecimento de combustível, alertando que isso afetará a produção do setor, que este ano já foi fortemente impactado pela seca.

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