O cajueiro é bastante representativo do Brasil. Neste carnaval do Rio de Janeiro, o fruto foi o tema central do samba-enredo da Mocidade Independente de Padre Miguel “Solicitação de cajueiro que concedo… Pé de cajueiro que oferece”, elaborado pelo ator e humorista Marcelo Adnet e pelo veterano Paulinho Mocidade, entre outros compositores.
Sendo um fruto versátil e típico de regiões tropicais, todas as suas partes são aproveitáveis. A Embrapa, que mantém o principal centro de estudos sobre o cajueiro a nível global, estará presente no desfile da Mocidade com a tecnologia dos clones de cajueiro-anão, os quais farão parte de um dos carros alegóricos.
No último dia 24, na Cidade do Samba, no Rio de Janeiro, houve uma representação simbólica das mudas que serão utilizadas em um dos carros alegóricos da escola de samba.
Chefes das Unidades Descentralizadas da Embrapa marcaram presença.
Os clones desenvolvidos pela Embrapa Agroindústria Tropical (Fortaleza-CE) mudaram a realidade da produção de caju no Brasil.
Essa trajetória teve início há 40 anos com a apresentação do primeiro clone comercial de cajueiro-anão, o CCP 76.
As variedades representam a tecnologia com efeitos mais duradouros em toda a cadeia produtiva.
O Ceará, o Piauí e o Rio Grande do Norte são os maiores produtores de castanha de caju no Brasil.
Clones revolucionaram a configuração dos pomares
A alta produtividade é a mais relevante característica do cajueiro-anão. O principal impacto da cajucultura ao implantar os cajueiros anões está na produção. Existem clones que geram em torno de dois mil quilos de castanha por hectare, em condições de sequeiro.
Essa característica tem promovido a renovação dos pomares, por meio da troca da variedade comum (gigante) por clones de cajueiro-anão em todo o território nacional.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção de pedúnculo em cajueiro-anão é 28,8% superior à produção em cajueiro comum.
Cajueiro
A cultura do cajueiro é explorada por aproximadamente 170 mil produtores, em mais de 53 mil propriedades, dos quais 70% são pequenos agricultores com áreas inferiores a 20 hectares. Estima-se que a atividade gere em torno de 250 mil empregos diretos e indiretos. Na Região Nordeste, sua importância é ainda maior, pois a demanda por mão-de-obra para a colheita coincide com o período de entressafra das culturas anuais de subsistência, ou seja, o segundo semestre do ano.
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