sexta-feira, 5 julho, 2024
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    Estado destina investimentos para estudos visando regular defensivos na produção de café

    O Espírito Santo aporta recursos em pesquisas voltadas para a manutenção da quantidade de defensivos na produção de café com o intuito de ampliar suas exportações e estabelecer novas parcerias econômicas.

    A ação é conduzida pelo poder executivo estadual, por meio do Centro de Pesquisa, Inovação e Desenvolvimento (CPID), vinculado à Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação Profissional.

    O projeto de desenvolvimento tecnológico, elaborado no Laboratório de Caracterização Ambiental (Lacar), lidera estudos para a quantificação, redução e eliminação do Glifosato na cafeicultura.

    Sob a orientação do professor Dr. Sérvio Túlio Cassini e a supervisão do professor Dr. Jairo de Oliveira, o Lacar/CPID empenha-se em encontrar soluções eficazes para os resíduos de glifosato no café. O projeto também conta com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) por meio do Edital Inova Grafeno 2022.

    Conforme exposto pelo professor Jairo de Oliveira, o método convencional para detectar o glifosato é normalmente realizado por Cromatografia de Íons ou Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (HPLC), um método de elevada precisão que apresenta custo relativamente alto (R$ 300,00 a R$ 500,00 por amostra), dependendo de laboratórios com equipamentos de grande porte e pessoal altamente qualificado, com tempo médio de resposta de 3 a 5 dias.

    O método desenvolvido pelo Lacar não irá competir nem substituir os métodos atuais; no entanto, devido à sua simplicidade e menor custo, o diferencial é a detecção diretamente no campo.

    “O glifosato é o herbicida mais utilizado no mundo e também no Brasil. A redução de seu uso e de outros defensivos é uma tendência da agricultura 5.0 que busca práticas mais sustentáveis, apresentando compromisso com a segurança alimentar e com as próximas gerações. O nosso projeto visa à detecção de forma rápida e simplificada podendo ser útil no monitoramento em tempo real, tomada de decisão, atendimento às legislações e, além de tudo, na garantia da qualidade e da segurança alimentar dos consumidores”, afirmou o Dr. Jairo de Oliveira, líder da pesquisa.

    Existe empenho para fiscalizar e controlar rigorosamente a quantidade de glifosato, assegurando a produção de grãos de alta qualidade e reduzindo os possíveis riscos à saúde dos consumidores.

    O projeto ressalta a concepção de um sistema simplificado de detecção do glifosato, baseando-se na técnica de SERS (Espalhamento Raman de Superfície Aprimorado) e em imunossensores baseados em fibra óptica, oferecendo potencial para monitoramento local de baixo custo.

    O café é um dos produtos primários mais valiosos do comércio mundial e o Espírito Santo é um dos importantes atores desse mercado, daí o nosso interesse em desenvolver tecnologias que solucionem problemas estratégicos do estado e do país”, declarou Oliveira.

    Os esforços do Lacar não se limitam à detecção precisa dos níveis de glifosato, mas também visam implementar tecnologias inovadoras para a remoção desses resíduos, aplicando técnicas avançadas de análise química e métodos de remoção que preservem a qualidade do café.

    O laboratório possui uma infraestrutura avançada para o desenvolvimento de projetos desse nível e, segundo o pesquisador, o grupo está bastante motivado para avançar nos níveis de maturidade tecnológica e, futuramente, na transferência da tecnologia.

    “As pesquisas sobre a contaminação e os meios de diminuição do glifosato são de extrema importância para o estado, permitindo que a qualidade do nosso café seja apreciada por novos consumidores, contribuindo para a economia do país e para segurança ambiental”, pontuou o secretário de Estado da Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação Profissional, Bruno Lamas.

    Manter e reduzir os resíduos de glifosato na cafeicultura é crucial para a sustentabilidade do cultivo, a preservação da saúde pública e o desenvolvimento de soluções inovadoras no Lacar. Tais práticas seguras refletem a iniciativa do poder público em assegurar a produção contínua de café de alta qualidade, protegendo consumidores e o ambiente.

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