Os Estados Unidos ameaçaram nesta segunda-feira (30) tomar medidas contra o tirano venezuelano Nicolás Maduro se ele não honrar o acordo alcançado com a oposição para realizar eleições livres e justas em 2024.
A ameaça foi feita pelo porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, após o Supremo Tribunal da Venezuela, pró-Chavismo, anular “todos os efeitos” das primárias da oposição, que foram realizadas em 22 de outubro.
“O governo dos Estados Unidos tomará medidas se Maduro e seus representantes não cumprirem seus compromissos no cronograma eleitoral”, disse Price.
“Instamos Nicolás Maduro e seus representantes a manterem os compromissos que assumiram na assinatura do acordo sobre o cronograma político em Barbados”, acrescentou.
O acordo assinado em Barbados estabelece que as próximas eleições presidenciais serão realizadas no segundo semestre de 2024 com a presença de observadores internacionais.
No entanto, a anulação das primárias da oposição indica que Maduro não pretende cumprir o acordo.
“A ditadura tenta invisibilizar e desumanizar (típico das ditaduras) milhões de venezuelanos que elegemos nas primárias com muitos obstáculos”, lamentou o líder venezuelano Juan Guaidó, que denunciou a anulação das primárias.
O senador norte-americano Marco Rubio também criticou a decisão do Supremo Tribunal da Venezuela.
“O regime narcocriminal de Maduro não hesitará em minar a esmagadora vitória de María Corina Machado nas eleições primárias da oposição”, escreveu Rubio no Twitter.
