A Fundação Getúlio Vargas (FGV) escolheu o silêncio ao ser perguntada sobre o convite realizado ao diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, para participar do 12º Fórum Jurídico de Lisboa, evento que ficou conhecido como “Gilmarpallooza” por contar com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, entre seus organizadores.
A informação sobre o convite feito pela FGV a Andrei foi divulgada nesta sexta-feira (28) pelo jornal Folha de São Paulo.
O caso chamou a atenção pelo fato de que, em 2022, a FGV foi alvo de uma operação da PF que investigava suspeitas de uso de pareceres e estudos falsos para corromper agentes públicos e fraudar licitações. Um dia após a deflagração, a operação foi suspensa por ordem do ministro do STF, Gilmar Mendes.
De acordo com a Folha, a PF teria confirmado que o diretor-geral compareceu ao “Gilmarpalooza” a convite da FGV. Além disso, segundo informações obtidas pela Folha junto à PF, os custos com passagem e hospedagem teriam sido arcados pela organização do evento.
Contudo, o IDP, instituição de ensino fundada por Gilmar Mendes e co-organizadora do evento em Portugal, comunicou à Folha que os organizadores não estavam cobrindo as despesas dos convidados.
Além do IDP, a organização do evento conta com a participação da FGV e da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.
Para esclarecer essa divergência de informações, a Gazeta do Povo entrou em contato com a PF, a FGV e o IDP.
Em resposta à Gazeta, a assessoria de comunicação da Fundação Getúlio Vargas (FGV) declarou que a instituição “não emitirá nenhum posicionamento sobre o tema”.
O IDP confirmou o recebimento dos questionamentos da Gazeta, porém não enviou respostas até o encerramento desta matéria. Apesar de contatada pelo jornal, a PF não se manifestou. O espaço permanece aberto para quaisquer pronunciamentos do IDP e da PF acerca do caso.