terça-feira, 2 julho, 2024
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    FMI prevê obstáculos no ramo imobiliário chinês


    Conforme o Fundo Monetário Internacional (FMI), a procura por novos imóveis na China deve diminuir em torno de 50% nos próximos dez anos. O órgão estima que isso dificultará o crescimento do gigante asiático.

    Os dados constam no mais recente relatório da equipe do FMI sobre a China. O documento foi divulgado globalmente nesta sexta-feira, 2.

    O FMI prevê que a “procura por novas residências” na China sofra uma redução de 35% a 55%. De acordo com o fundo, isso ocorrerá devido a uma diminuição na construção de novos imóveis e a um significativo estoque de propriedades inacabadas ou desocupadas.

    A queda na procura por novas residências tornará mais árdua a absorção do excedente de estoque, “prolongando o ajuste no médio prazo e impactando no crescimento”, informa o FMI.

    Atualmente, o ramo imobiliário chinês e suas indústrias associadas correspondem a cerca de um quarto do PIB do país asiático.

    China’s real estate sector is in the midst of a transition to a smaller and more sustainable size. Faster cleanup of distressed developers and increased central government funding to complete unfinished housing is needed to help smooth the adjustment. pic.twitter.com/wWLPYYFhp3

    — IMF (@IMFNews) February 2, 2024

    A projeção de uma redução de cerca de 50% em novas residências “superestima o possível declínio de mercado”, afirmou Zhengxin Zhang, representante da China no FMI, no relatório.

    Além disso, Zhang afirmou que a procura por residências no país continuará expressiva e o respaldo político gradualmente entrará em vigor.

    “Portanto, uma redução significativa na procura por residências é muito improvável de ocorrer”, disse Zhang. “A razoabilidade do período base selecionado também é questionável.”

    “As casas são para morar, não para especulação”, dizem autoridades chinesas

    O ramo imobiliário da China expandiu rapidamente nas últimas décadas, levando as autoridades a advertirem contra as especulações sobre um aumento de preços no ramo e enfatizar que “as casas são para morar, não para especulação”.

    O FMI afirmou que, na década de 2010, a participação do ramo no Produto Interno Bruto do país estava próxima ou acima dos níveis de pico de booms imobiliários em outros países no passado.

    “A grande correção no mercado imobiliário, após os esforços do governo para conter a alavancagem em 2020-21, era necessária e precisa continuar”, destaca o relatório do FMI.

    Nesta semana, um tribunal de Hong Kong ordenou a liquidação de uma das maiores incorporadoras do país, a Evergrande. Desde o fim de 2022, as autoridades chinesas tomaram medidas para facilitar as restrições de financiamento para incorporadoras e novos compradores de casas.

    No entanto, os esforços do governo para apoiar o ramo imobiliário ainda não conseguiram interromper de forma significativa o declínio no ramo.

    “É crucial que o governo central forneça financiamento para concluir as construções pré-vendidas inacabadas”, disse Sonali Jain-Chandra, chefe de missão para a China do FMI, nesta sexta-feira. “Isso tem sido outro fator que segura a confiança no mercado.”

    A confiança do consumidor chinês diminuiu em meio à incerteza sobre sua futura renda. As ações chinesas também vêm caindo desde o início deste ano.



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