sexta-feira, 5 julho, 2024
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    Gilmar Mendes afirmou que detenções da Lava Jato eram castigo


    O juiz do Tribunal Supremo Federal (STF) Gilmar Mendes já havia tecido críticas, em maio de 2023, à Operação Lava Jato. Naquela ocasião, ele mencionou que os procuradores e magistrados encarregados da operação praticaram “castigo com o poder do Estado”, ao realizarem as delações premiadas.

    Nesta última terça-feira, 12, o magistrado voltou a criticar a operação, em entrevista à TV Brasil. Desta vez, Gilmar Mendes disse que a Lava Jato “causou um mal enorme às instituições”.

    “Bem inspirada, talvez, no início, ela produziu uma série de distorções no sistema jurídico político”, afirmou o magistrado. “Terminou como uma verdadeira organização criminosa.”

    Nos pronunciamentos do ano passado, o juiz alegou que libertar as pessoas após uma delação era “uma vergonha”. “Não podemos ter esse tipo de ônus. Coisa de desviantes”, exclamou Gilmar Mendes. “Claramente se tratava de prática de castigo usando o poder do Estado.”

    Durante a Lava Jato, Gilmar Mendes desempenhou um papel central em ações que definiram os rumos da operação que tinha como alvo agentes envolvidos em corrupção.

    O ministro foi responsável por determinar a incompetência da 13ª Vara da Justiça Federal de Curitiba e anular as ações penais contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O magistrado também votou para considerar o ex-juiz e senador Sergio Moro (União-PR) parcial em processos da operação.

    Gilmar Mendes não comenta possibilidade de a Polícia Federal anular acordo de delação de Mauro Cid

    Até o momento, porém, Gilmar Mendes não se manifestou sobre a possibilidade de a Polícia Federal (PF) anular a delação premiada firmada com o tenente-coronel Mauro Cid, ex-auxiliar de ordens da Presidência da República. Em áudios, o militar critica a PF e o ministro Alexandre de Moraes, do STF.

    Os áudios divulgados pela revista Veja evidenciam a frustração de Cid com a postura de Moraes. Conforme o militar, o ministro já decidiu condenar os aliados do ex-presidente.

    “O Alexandre de Moraes já tem a sentença dele pronta”, afirmou o militar. “Acho que essa é a grande verdade. Só está esperando passar um tempo. O momento que ele achar conveniente, denuncia todo mundo, o PGR acata, aceita e ele prende todo mundo.”

    Nos áudios, o tenente-coronel também menciona que se sentiu coagido a assumir atos que não cometeu. O ex-auxiliar de Bolsonaro declarou que sofreu ameaças de perder os benefícios da delação premiada.

    A defesa de Mauro Cid não contestou a veracidade dos áudios. Em comunicado, alega que as falas “não passam de um desabafo, em que relata o difícil momento e a angústia pessoal, familiar e profissional pelos quais está passando, advindos da investigação e dos efeitos que ela produz perante a sociedade, familiares e colegas de farda”.

    O comentarista do programa Oeste Sem Filtro Adalberto Piotto abordou, no Twitter/X, nesta sexta-feira, 22, as críticas de Gilmar Mendes e as recentes mensagens de áudio atribuídas a Mauro Cid.

    “Para lembrar, o ministro Gilmar Mendes chegou a falar em ‘desviantes’ e ‘castigo’ sobre as delações e acordos de leniência da Lava Jato”, alertou Piotto. “E agora, diante da denúncia de Mauro Cid?”

    Pra lembrar, o ministro Gilmar Mendes chegou a falar em “desviantes” e “castigo” sobre as delações e acordos de leniência da Lava Jato, apesar de feitas sem sigilo, com caros advogados presentes e na 1a instância. E agora diante da denúncia de Mauro Cid? https://t.co/R1o04RBYrO

    — Adalberto Piotto (@adalbertopiotto) March 22, 2024



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