terça-feira, 2 julho, 2024
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    Governo minimiza possível Comissão Parlamentar de Inquérito do arroz e se diz surpreendido por ex-secretário


    O ministro Carlos Fávaro, da Agricultura, reduziu a probabilidade de que parlamentares da oposição consigam instaurar uma CPI para apurar o leilão mal sucedido de arroz importado, que foi anulado nesta semana após suspeitas de irregularidades.

    O certame chegou a adquirir 263 mil toneladas do grão ao custo de R$ 1,3 bilhão para conter o que o governo classifica como uma “especulação” por parte de produtores devido à dificuldade de escoar a produção do Rio Grande do Sul após as enchentes. O estado representa 70% da plantação nacional e já havia colhido 78% da safra.

    “CPI é um processo natural do Congresso. Prerrogativa da minoria. Não há o que temer. Só não podemos transformar algo tão importante, que é alimentação, em motivo de palanque político. Não houve R$ 1 de recurso gasto”, declarou Fávaro após participar de um fórum para investidores na quarta (12) no Rio de Janeiro.

    “Movimento especulativo”

    Fávaro repetiu a observação de que há um “movimento especulativo” de se “obter lucro com a tragédia”, “um movimento de desestabilização da economia, da população”.

    Apesar das críticas, ele admitiu que a safra brasileira “é mais ou menos suficiente para a demanda nacional”, porém salientou que o país está passando por um momento excepcional e que o governo “não tem compromisso com equívocos”.

    “Portanto não faz sentido nenhum, ao final da safra, no momento que os estoques estão disponíveis, ter elevações de preços exorbitantes como tivemos, logo após a tragédia. 30%, 40%”, destacou ao justificar a importância do leilão.

    Secretário x Fávaro

    A declaração de Fávaro foi uma reiteração do que vinha alegando desde a semana passada, e que foi contestado um pouco antes na quarta (12) pelo ex-secretário de Políticas Agrícolas, Neri Geller. Ele afirmou que o governo tinha informações de que não era necessário importar arroz.

    Geller foi dispensado na terça (11) pouco antes do anúncio de anulação do leilão, e afirmou que houve uma “redução de apenas 500 mil toneladas” que poderia ser suprida pela produção da região Centro-Oeste do país, que teve crescimento de 30%. As 263 mil toneladas compradas não eram necessárias, “deveria ser realizado de maneira mais gradual”, disse.

    Ele foi demitido após a descoberta de uma possível ligação do filho dele com uma das corretoras participantes – Geller criticou essa alegação e disse que está sendo usado como “bode expiatório” para justificar a anulação do leilão.

    “Nós fomos surpreendidos, com as notícias pela imprensa, de uma tendência de informação privilegiada ao ter, no secretário de Política Agrícola, um vínculo familiar entre o presidente da Bolsa de mercadorias do Mato Grosso além de corretora. Ora, não temos compromisso com equívocos, infelizmente”, completou Fávaro.

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