Uma pesquisa revelada pelo instituto Real Time Big Data hoje, 17 de junho, demonstra que 77% dos cidadãos do Brasil não concordam com as afirmações do líder Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que equiparam o Estado de Israel ao grupo extremista Hamas.
O estudo também mostra que 86% da população acompanha as notícias sobre o conflito no Oriente Médio.
Dentro do grupo de entrevistados, 66% acreditam que Israel está justo na disputa, 18% afirmam que o Hamas está correto e 16% responderam que nenhum dos dois está certo.
Conforme o levantamento, 73% pensam que o Brasil deveria categorizar o Hamas como grupo extremista, assim como o Reino Unido, os Estados Unidos, o Japão e a União Europeia. Cerca de 15% discordam.
Peritos comentam sobre discordância de Lula
Em uma conversa com o portal R7, a docente de relações internacionais na Escola Superior Paulista de Marketing (ESPM), Denilde Holzhacker, expressou que a pesquisa exibe que a visão do governo difere da perspectiva da grande maioria dos cidadãos.
Já o analista político e professor de opinião pública do Centro Universitário do Distrito Federal (UDF) André Rosa declarou que Lula busca associar o lado negativo de Israel ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mas os resultados da pesquisa podem ter impacto nos discursos dos membros do governo.
Valdir Pucci, analista político e doutor em direito constitucional, afirmou ao R7 que a pesquisa demonstra que os brasileiros têm uma “clara percepção” ao separar o povo palestino do grupo extremista Hamas.
Lula mencionou que não considera o Hamas um grupo extremista ao seguir a posição da Organização das Nações Unidas (ONU).
Na terça-feira 14, o presidente caracterizou o ataque do Hamas em 7 de outubro no sul israelense como “extremista”, mas comparou a ação de Israel na Faixa de Gaza.