O Centro Igarapé, que colaborou com o TSE entre novembro de 2022 e maio de 2023, é financiado pela Open Society Foundations, criada pelo milionário progressista George Soros. As informações constam no website do grupo de reflexão.
A Open Society Foundations é reconhecida por investir quantias vultosas em instituições que advogam por agendas de esquerda. No Brasil, apenas em 2022, a “rede filantrópica” repassou US$ 20,7 milhões (correspondente a R$ 106,5 milhões) para diversas organizações não governamentais.
A parceria entre o Centro Igarapé e o TSE foi estabelecida por meio de um acordo de cooperação, firmado em 11 de novembro de 2022. O contrato foi solicitado pela Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação, instaurada em março de 2022.
No contrato, o tribunal informa que a cooperação se deu no contexto do “enfrentamento à desinformação contra o processo eleitoral nas plataformas digitais” e envolveu o “intercâmbio de informações colhidas a partir de estudos de cunho acadêmico”.
Outro arquivo, disponível no Portal da Transparência do governo federal, revela que a contratação não implicou em gastos para os cofres públicos.
Dentre as cláusulas do contrato, encontram-se a proibição de divulgar relatórios elaborados pelo Igarapé sem a autorização do centro e a garantia de confidencialidade das informações reunidas durante a parceria.
Quais são as demais instituições beneficiadas por George Soros?
Conforme informações veiculadas pelo periódico Gazeta do Povo em 6 de maio, a relação de agraciados de 2022 pela Open Society Foundations contempla 83 entidades. Cerca de 45 receberam montantes superiores a R$ 1 milhão.
Dentre os beneficiados, encontra-se o Sleeping Giants Brasil, que obteve US$ 400 mil (aproximadamente R$ 2,05 milhões) para “apoio geral”. O Instituto Marielle Franco foi contemplado com US$ 60 mil (R$ 308 mil) provenientes da entidade de George Soros, com o intuito de “fomentar a justiça racial e de gênero”.
Ademais, a Fundação Escola Superior da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro também será agraciada com US$ 50 mil (R$ 257 mil) para ampliar a representatividade de afro-brasileiros no sistema de Justiça.
A Open Society também manifesta apoio à legalização das substâncias entorpecentes e ao desencarceramento, refletido nos beneficiários de 2022. A Iniciativa Negra por uma Nova Política de Drogas (INNPD) recebeu US$ 719 mil (R$ 3,7 milhões), enquanto a Associação Elas Existem – Mulheres Encarceradas obteve US$ 207 mil (aproximadamente R$ 1 milhão) para apoiar a reestruturação do sistema prisional brasileiro.
Quatro universidades, duas públicas e duas privadas, também foram alvo de “doações” de Soros. A Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro foi contemplada com US$ 340 mil (R$ 1,7 milhão) a fim de estudar “o impacto das redes sociais sobre a democracia brasileira”.
A Universidade do Estado do Rio de Janeiro, por sua vez, garantiu US$ 150 mil (R$ 771 mil) para o seu Laboratório de Análise da Violência da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
O levantamento também abarca a Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro e o INSPER. A PUC recebeu US$ 180 mil (R$ 925 mil), destinados a um projeto para analisar a influência do autoritarismo no sistema multilateral, enquanto o INSPER obteve US$ 200 mil (R$ 1,03 milhão) para custear pesquisas acerca da temática racial.
