sexta-feira, 5 julho, 2024
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    Grupo judaico que apoiou Lula agora diz que fala do petista é “vergonha histórica”


    A organização Judaica pela Democracia criticou a declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no último fim de semana, que comparou a resposta do exército de Israel ao Hamas com o Holocausto. A afirmação foi feita durante uma entrevista coletiva na Etiópia e gerou reações de entidades da comunidade judaica, oposição e do governo israelense, que classificou Lula como uma “persona non grata” nesta segunda (19).

    A organização tinha apoiado a chapa Lula e Geraldo Alckmin (PSB) no segundo turno da eleição presidencial de 2022, quando lançou um “manifesto do coletivo judaico-LGBTQIA+” em favor do petista. Entretanto, após a declaração deste último fim de semana, mudou de posição e criticou o presidente, classificando-a como “vergonha histórica sob todos os pontos de vista”.

    “Apoiamos Lula contra [Jair] Bolsonaro justamente porque acreditamos que Lula, por seu histórico humanista, defenderia todas as minorias. Dentre essas minorias estão os judeus. Nos últimos meses figuras importantes do partido do presidente já haviam dado declarações antissemitas, como Gleisi [Hoffmann] e [José] Genoíno. Esperávamos de Lula que silenciasse essas vozes, e não as reforçasse ao dizer que os judeus de hoje são os nazistas do passado. Dessa forma, Lula escancara portas ao antissemitismo”, declarou a organização (veja na íntegra).

    Nessa mudança de discurso, a organização diz que Lula desrespeita a “memória de milhões de pessoas que pereceram sob a mão dos nazistas” ao comparar “judeus a seus maiores algozes”, e afirma que a guerra de hoje “não é remotamente parecida com o Holocausto”.

    “Se números de mortes civis for a régua de comparação, Lula ignora oprimidos e dizimados ao longo da história para banalizar a morte premeditada em escala industrial de milhões e comparar judeus aos seus algozes”, pontuou.

    Para a organização, se Lula leva este quesito como “régua de comparação”, ele “ignora massacres que aconteceram e seguem acontecendo na África, continente onde está [estava]”, ressaltando conflitos como no Sudão, Sudão do Sul, Nigéria, Ruanda, além de fora das fronteiras africanas, como Rússia, Iêmen, Azerbaijão, entre outros.

    Apesar da crítica, o coletivo Judaica pela Democracia reconhece que há uma “tragédia humanitária” em Gaza que necessita de um cessar-fogo urgente com a libertação dos reféns.

    Na época do apoio à chapa Lula-Alckmin, a organização chegou a afirmar que Bolsonaro chegou a utilizar “as mesmas narrativas” “com termos semelhantes pelo nazistas para se referir a pessoas judias”.

    “1. ele NÃO apoia a comunidade judaica e 2. a comunidade judaica NÃO o apoia”, ressaltou na época.



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