O secretário da Fazenda, Fernando Haddad, manifestou nesta quinta-feira, 28, que os valores cobrados por passagens aéreas “preocupam” o governo. Durante coletiva de imprensa, ele afirmou que há um “impacto significativo” na inflação.
“Elas [em referência ao custo das passagens] já estavam dispendiosas um mês atrás e subiram 65%”, disse.
O secretário abordou o tema ao anunciar providências para aumentar a arrecadação e compensar gastos em 2024.
O governo precisa obter, no mínimo, R$ 168,5 bilhões em recursos adicionais para cumprir a meta de zerar o déficit primário no próximo ano. Contudo, com a desoneração da folha, o déficit no Orçamento pode atingir R$ 187,5 bilhões.
Passagens de avião pressionaram prévia da inflação
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou nesta quinta-feira, 28, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial.
O índice subiu 0,40% em dezembro, o que representou uma aceleração em relação ao mês anterior (0,33%).
Conforme o levantamento, o maior impacto foi o subitem passagem aérea, que aumentou 9,02%. Em dezembro, sete dos nove grupos pesquisados tiveram aceleração, com destaque para Transportes, que aumentou 0,77%.
Voa Brasil
Em 14 de novembro, o secretário de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, asseverou que o programa Voa Brasil será lançado no início de 2024. O propósito é diminuir o valor das passagens de avião.
As três maiores empresas aéreas do país apresentaram suas propostas para reduzir o preço das passagens. A medida faz parte da primeira fase do Programa de Universalização do Transporte Aéreo.
As estratégias de Azul, Gol e Latam contam com uma reserva de passagens a preços mais econômicos se compradas com antecedência, despacho de bagagem gratuito para compras feitas em cima da hora e aumento na oferta de assentos.