sexta-feira, 5 julho, 2024
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    Haddad busca reduzir déficit de 2024 e já prevê que pode não atingir meta em 2025


    O ministro Fernando Haddad, da Fazenda, afirmou nesta terça (26) que pode enviar ao Congresso uma proposta de meta fiscal menor do que o superávit prometido de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) para o próximo ano. Haddad disse que a definição da meta está condicionada à tramitação de projetos no Legislativo.

    No anúncio do plano financeiro no ano passado, a equipe econômica propôs um ajuste gradual nas contas públicas, com um déficit de 0,5% em 2023, equilíbrio em 2024 — que Haddad ainda busca cumprir –, superávit de 0,5% em 2025 e de 1% em 2026. O prazo para o governo enviar o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2025 ao Congresso vai até 15 de abril.

    “Vamos, ao longo dos próximos dias, definir com o Congresso Nacional o andar da carruagem, como é que nós vamos definir a trajetória daqui para frente. Esse tema vai ser discutido à luz do que está acontecendo no Congresso Nacional, o que já aconteceu de bom nas cortes superiores”, disse o ministro em entrevista à CNN Brasil.

    Haddad mencionou fatores como a desoneração da
    folha de pagamento de 17 setores da economia e de municípios, o futuro do Perse
    (programa para o setor de eventos), as compensações tributárias e julgamentos
    em tribunais superiores como elementos que podem influenciar a trajetória das
    contas públicas nos próximos anos.

    “As pessoas imaginam que o resultado primário depende apenas do Executivo. Isso é um engano”, ressaltou o ministro.

    Ainda de acordo com ele, os projetos de lei
    foram apresentados “ou pelo governo ou por parlamentares para chegar a uma
    equação” a pedido do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e do presidente
    da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). “Eu penso que isso vai definir o
    futuro da trajetória”, completou Haddad.

    Entre as questões que pesam sobre o ministro
    está o encerramento do Perse, o Programa Emergencial de Retomada do Setor de
    Eventos, criado durante a pandemia para socorrer o setor. O fim do programa
    será discutido em uma comissão geral da Câmara nesta quarta (27) após uma forte
    reação dos parlamentares à medida provisória proposta por Haddad no final do
    ano passado e retirada meses depois.

    “A justa redução de tributos permitiu negociar os débitos tributários (gerando dezoito bilhões em receita à União) e bancários, honrar compromissos com os consumidores, manter e ampliar os empregos e investir fortemente na expansão dos empreendimentos para atrair mais turistas. O Programa teve grande sucesso, tanto que estes são os dois setores que tiveram o maior crescimento na geração de empregos no ano de 2023, acima de 6,4%, atingindo um patamar de empregos superior ao pré-pandemia. Este indicador, porém, não significa que o setor está recuperado. As perdas acumuladas estão refinanciadas dentro do prazo legal do Programa”, escreveu o deputado Gilson Daniel (Podemos-ES) na justificativa do requerimento que convocou a comissão geral (veja na íntegra).

    Daniel afirmou, ainda, que a revogação antecipada do programa, previsto para durar até 2027, levaria à judicialização, quebrando a isonomia, ampliando a incerteza e gerando despesas tributárias para a União no futuro.

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