Não é por culpa da noitada, nem do famoso personagem do seriado Chaves, o “Seu Madruga”. Guilherme Madruga, volante do Botafogo-SP e candidato ao prêmio Puskás, explica que a “culpa” do nome vem da família.
“É sobrenome. Madruga é porquê o meu avô é espargido lá em Campo Grande. É o vô Madruga. Portanto, é da família. Mas que fique evidente que não tem zero a ver com a madrugada”, brinca o jovem de 22 anos.
Procedente do Mato Grosso do Sul, o garoto deixou os pais aos 13 anos em procura do sonho de ser jogador de futebol. E deu claro. Hoje, o volante defende as cores do Botafogo de Ribeirão Preto, da Série B do Brasileirão.
E foi num jogo da segunda subdivisão, contra o Novorizontino, que Madruga marcou o golaço que pode mudar a sua curso.
A globo pingou e foi o recurso que tive. Gol de bicicleta de fora da dimensão é dificil de ver, né? Foi um pouco muito rápido, nem pensei muito. Só executei e deu claro.
Votação se encerra nesta terça
Guilherme Madruga disputa com mais 11 candidatos o prêmio nesta edição. Unicamente três vão para a final. Os votos são populares, feito pelo site da Fifa. A disputa se encerra nesta terça-feira (10).
“Primeiro, tenho que estar entre os três. Não tem porquê você falar que eu não estou pensando nisso, sabe?”, disse o desportista.
Pai coruja e bronca no golaço
Mesmo do Mato Grosso do Sul, Genildo Mendes Gomes, pai de Guilherme, faz de tudo para escoltar o rebento. Ele, inclusive, deu um puxão de ouvido no rebento depois o golaço em Novo Horizonte.
Ele me deu uma bronca. Porque eu tirei a camisa e tomei o amarelo.
1 de 3
Guilherme Madruda e o Pai, seu Genildo
Crédito: Registro Pessoal
2 de 3
Guilherme Madruga e a familia
Crédito: Registro Pessoal
3 de 3
Guilherme Madruga menino
Crédito:
Em uma dessas visitas ao interno de São Paulo para visitar a família, que agora mora junto com Guilherme em Ribeirão Preto, Genildo já foi até expulso por tentar escoltar o treino do Botafogo-SP.
“Meu pai já vazou a escalação num amistoso. Ele foi testemunhar por cima do alambrado. Aí, ele subiu no carruagem e subiu no muro. Os seguranças chegaram dizendo que não podia testemunhar. E ele discutiu com eles. Minha mãe falou pra ele descer e ele desceu”, conta, em tom relaxado.
“Deixar a minha cidade foi difícil pra mim. Meus pais senfaixam muito. Minha mãe chorava escondida, sabe? Ela não me contava. Quando fiquei mais velho, eu soube que isso acontecia. Meus pais faziam de tudo por mim. Portanto, eu sou muito grato por tudo que eles fizeram por mim e é sempre com o meu melhor que eu tento retribuir”, finalizou.