O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro
Luís Roberto Barroso, expressou na tarde desta segunda-feira (8) que os eventos de 8
de janeiro do ano passado não foram um evento único, mas foram precedidos por
“anos de ataques às instituições”.
“Já não há mais espaço na vida brasileira para golpes militares, violações da
legalidade constitucional ou desrespeitos às regras do jogo”, afirmou
Barroso no evento intitulado “Democracia Inabalada”, que acontece no Congresso
Nacional nesta segunda-feira (8) sob a organização do governo Lula para
relembrar os protestos de 8 de janeiro de 2023.
Segundo Barroso, os responsáveis pelos eventos estão sendo
penalizados conforme a lei. “Milhares de pessoas, aparentemente comuns, instigadas
por falsidade, teorias conspiratórias, sentimentos antidemocráticos e rancor,
foram convertidas em criminosos, aprendizes de terroristas, uma triste
derrota do espírito”, declarou.
“Estamos todos reunidos aqui hoje para renovar a nossa
fé na democracia, na harmonia entre os poderes e na vida vivida com boa-fé
e boa vontade, elementos indispensáveis para um país maior e melhor. Não passaram
e não passarão”, disse Barroso. O presidente da Corte defendeu ainda um “choque
de civilidade” e a pacificação do país, independente da vertente política.
Mais cedo, o ministro havia defendido a pacificação do país, mas destacado que “tratar com condescendência o que aconteceu é dar um incentivo para que os derrotados da próxima eleição, sejam quem forem, também se sintam no direito de depredar os prédios das instituições públicas”.