terça-feira, 2 julho, 2024
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    Indivíduos imunizados apresentam resposta imune acentuada e incomum aos reforços de mRNA contra a  COVID-19 | imunizantes | imunizante contra o Sars-CoV-2 | vacinas de mRNA


    Pessoas que receberam ao menos três doses da versão original do imunizante de mRNA contra a COVID-19 manifestaram uma robusta resposta imune, conforme descoberto por uma pesquisa da Universidade de Washington (UW).

    Assim, quando imunizados com os mais recentes reforços de mRNA XBB.1.5 contra a  COVID-19, os indivíduos produziram poucos ou nenhum anticorpo específico para a variante XBB.1.5.

    A resposta imune se manifesta quando infecções ou imunizações anteriores deixam uma memória imune tão intensa que o organismo continua a gerar células imunes e anticorpos direcionados à experiência imunológica prévia – mesmo quando exposto a uma nova variante ou imunizante.

    “[A resposta imune] poderia colocar em risco caso o indivíduo não conseguisse formar uma resposta imune eficaz contra uma nova variante”, afirmou o Dr. Stanley Perlman, especialista em imunologia e microbiologia da Universidade de Iowa, ao Epoch Times. Ele não participou do estudo.

    Embora esse cenário não tenha sido observado neste estudo, a maioria dos anticorpos produzidos após a imunização tinham como alvo a variante original do vírus causador da COVID-19 e não a XBB.1.5.

    Achados surpreendentes

    “A resposta imune não é um conceito novo, mas a situação que estamos investigando parece ser bastante singular”, declarou David Veesler, doutor em biologia estrutural, professor e chefe do Departamento de Bioquímica da UW, e pesquisador no Howard Hughes Medical Institute, em comunicado à imprensa.

    A resposta imune é um fenômeno amplamente reconhecido que pode ocorrer com outras infecções e vírus.

    Novas infecções por influenza diferentes das variantes anteriores podem superar a memória de imunizações e infecções contra a influenza.

    Contudo, no estudo da UW, a resposta imune persistiu mesmo entre os infectados com novas variantes Ômicron.

    “É totalmente distinto do que sabemos sobre o vírus da gripe”, afirmou Veesler.

    “A resposta imune se manteve após múltiplas exposições aos picos de Ômicron por meio de imunização e infecção, incluindo a imunização de reforço pós-XBB.1.5, o que precisará ser levado em consideração para direcionar a imunização futura”, escreveram os autores.

    Mais de 20 indivíduos com histórico de três ou mais imunizações de mRNA variantes de Wuhan participaram do estudo. A maioria foi contaminada com infecções pré e pós-ômicron por COVID-19.

    Além dos imunizantes originais de mRNA, a maior parte dos participantes recebeu o reforço bivalente ou o reforço XBB.1.5. Na época do estudo, todos os participantes tinham recebido de quatro a sete inoculações.

    Os pesquisadores constataram que a maioria dos anticorpos produzidos após a administração de mRNA XBB.1.5 foram mais eficazes na neutralização da variante original do vírus causador da COVID-19 de Wuhan.

    Os anticorpos demonstraram a segunda maior capacidade de neutralização contra a variante BA.2.86 Ômicron. Os anticorpos foram os terceiros mais eficazes.poderosos contra XBB.1.5 em indivíduos que receberam a dose XBB.1.5.

    Esses anticorpos demonstraram capacidade de reação cruzada, o que indica que também poderiam se conectar a outras variações, incluindo as variações XBB.1.5.

    Entretanto, havia escassez ou ausência de anticorpos específicos para XBB.1.5.

    Alguns indivíduos desenvolveram novas células do sistema imunológico que reconheceram exclusivamente XBB.1.5. Contudo, dos 12 participantes avaliados, somente cinco possuíam células imunológicas capazes de identificar XBB.1.5, mas não a variante Wuhan.

    “A maioria dos anticorpos gerados pelas doses reforçadas da vacina apresentam reação cruzada e auxiliam na neutralização de novas variações, o que é positivo. Todavia, será que poderíamos aprimorar ainda mais esse processo? A resposta provavelmente é afirmativa”, afirmou Vessler.

    Dois possíveis motivos

    “Há duas principais conjecturas sobre o que estamos observando”, declarou Veesler em comunicado à imprensa, “e ainda não sei qual das duas opções melhor explica essa situação”.

    Uma das hipóteses é que os habitantes de Seattle, de onde procede a maioria das amostras, foram expostos ao vírus tantas vezes – especialmente por meio da imunização, mas também por infecção – que desenvolveram anticorpos e células de memória imunológica mais adequadas à versão original do vírus.

    “As pessoas em Seattle, inclusive eu, têm sido bastante expostas”, relatou Veesler. “Passamos por múltiplas exposições nos últimos quatro anos por meio da imunização e, em geral, ao menos uma infecção. É incomum ter tantas exposições num intervalo tão curto de tempo – chegando a sete doses de vacina na coorte que foi analisada.”

    Outra explicação reside no fato de que a vacina de mRNA gera um efeito de imprinting imunológico mais robusto do que as vacinas anteriormente conhecidas. Os autores referenciaram outro estudo que constatou que a inoculação com vírus inativados da COVID-19 proporcionou um efeito de imprinting reduzido em seres humanos.

    “As vacinas inativadas ocasionam uma resposta imunológica mais tênue, havendo menos oportunidades para a resposta tender para uma determinada variante”, explicou o Dr. Perlman.

    “As vacinas de mRNA podem ter sido excepcionais e desencadeado respostas imunológicas tão enérgicas que o imprinting pode ser mais potente do que o observado em vacinas para outros vírus, como o vírus da gripe”, declarou Veesler.

    © Direito Autoral. Todos os Direitos Reservados ao Epoch Times em Português 2011-2018

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