quarta-feira, 3 julho, 2024
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    Instabilidade no Mar Vermelho pode acelerar aumento de preços, informa instituição financeira japonesa


    Devido aos recentes ataques terroristas dos houthis a embarcações no Mar Vermelho, o transporte marítimo está enfrentando novos desafios. Em seu mais recente relatório, a instituição financeira japonesa Nomura destacou os prejuízos causados pelo grupo extremista do Iêmen.

    “O Mar Vermelho possui uma importância estratégica para o transporte marítimo, por ser a única rota para o Canal de Suez”, observou a instituição financeira no documento. Segundo informações da Bloomberg, quase 12% do comércio global passa pelo Canal de Suez, que abrange também cerca de 30% do tráfego de contêineres.

    Devido aos ataques terroristas e aos baixos níveis de água no Canal do Panamá, essas embarcações estão sendo compelidas a mudar sua rota original.

    “A alteração de rota aumenta a distância de transporte em cerca de 30%”, relatam os analistas da instituição financeira japonesa. “Isso adiciona entre sete e dez dias ao tempo de transporte em cada direção, acarretando viagens mais extensas e atrasos nas entregas.”

    Além disso, os estrategistas da instituição japonesa mencionaram que o Canal de Suez oferece a rota marítima mais curta entre a Ásia e a Europa, com aproximadamente 40% do comércio passando por ele.

    “Cerca de 8-10% do petróleo mundial e 8% do gás natural passam pelo Mar Vermelho”, afirmam os analistas da Nomura. “Isso implica em mais tempo e custos de trânsito.”

    Adicionalmente, a instituição financeira informou que “os custos de transporte também aumentaram devido ao aumento das tarifas de frete, custos trabalhistas e prêmios de seguro”. “É compreensível que o impacto nos custos de transporte tenha sido maior na Ásia e Europa do que nos Estados Unidos”, observou a Nomura.

    Fretes e custos de transporte marítimo têm aumentado expressivamente

    Conforme o relatório, o índice composto de fretes do Índice Mundial de Contêineres (WCI) cresceu quase 150% desde 14 de dezembro.

    Por exemplo, as tarifas de frete de Xangai para Roterdã aumentaram 243% durante o mesmo período. Essas são as tarifas de frete mais altas desde o início da série em 2011, excluindo a pandemia da covid-19.

    Também houve aumento dos custos de transporte e das taxas de seguro, especialmente para embarcações dos Estados Unidos, do Reino Unido e de Israel.

    De acordo com a instituição financeira, a Europa deve ser a região mais afetada. Já o setor mais impactado deve ser o de automóveis. “Isso se deve ao fato de que os fabricantes de automóveis da União Europeia dependem grandemente da Ásia para o fornecimento de veículos elétricos”, explicou a instituição financeira. “Existe um atraso na entrega de materiais e componentes de fabricação da Ásia.”

    Os analistas afirmam ainda que, “no caso dos automóveis, os atrasos nos envios de peças e componentes estão acarretando reduções na produção na Alemanha, Bélgica, Espanha e Hungria”.

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