Os Estados Unidos divulgaram a libertação de um prisioneiro que é aliado do governo da Venezuela em troca da liberdade de 10 cidadãos norte-americanos
O presidente norte-americano, Joe Biden, anunciou a concessão da liberdade para um prisioneiro venezuelano em troca da soltura de 10 cidadãos dos Estados Unidos pelo governo da Venezuela em 20 de dezembro.
O acordo foi estabelecido entre Washington e Caracas.
O venezuelano libertado, Alex Saab, é um aliado significativo de Nicolás Maduro (representado na foto) e foi acusado de ser um testa de ferro do ditador.
Saab foi detido nos Estados Unidos por envolvimento em lavagem de dinheiro em 2020. Naquela época, a prisão de Saab pelos EUA era tida como uma grande conquista por Washington.
O aliado de Maduro chegou a Caracas, a capital venezuelana, na tarde da quarta-feira.
A libertação dos cidadãos americanos, que é a maior já ocorrida durante o regime chavista, acontece algumas semanas após a administração Biden concordar em suspender determinadas sanções como parte de um compromisso entre Maduro e as forças de oposição para garantir eleições presidenciais livres e justas na Venezuela em 2024.
Dos 10 cidadãos americanos detidos, o governo Biden considerava injusta a detenção de pelo menos seis deles.
Além disso, o acordo também resultará na extradição de Leonard Glenn Francis, conhecido como “Fat Leonard”, proprietário malaio de uma companhia de serviços navais no Sudeste Asiático. Ele é a figura central em um dos maiores escândalos de suborno envolvendo o Pentágono na história.
Francis foi detido quase uma década atrás em um hotel em San Diego como parte de uma operação federal, mas conseguiu fugir para a Venezuela.
Ele foi capturado pela Interpol em setembro de 2022 ao tentar viajar para a Rússia. As investigações afirmam que ele e sua empresa, Glenn Defense Marine Asia, subornaram vários oficiais graduados da Marinha com bebidas, favores sexuais, festas suntuosas e outros presentes, lesando a Marinha em mais de US$ 35 milhões.