A embaixada israelense na ONU, em Genebra, afirmou nesta quarta-feira que a Organização Mundial da Saúde (OMS) está permitindo que terroristas usem infraestruturas de saúde para suas ações. Essa acusação vem após dias de trocas de acusações entre Israel e a agência das Nações Unidas devido aos bombardeios em hospitais.
Em uma mensagem publicada ontem à noite em sua conta oficial no X (antigo Twitter), a missão israelense destacou que “os hospitais nunca devem ser atacados, mas também não podem ser usados como escudo”.
A mensagem acusa a OMS de “não condenar ou sequer reconhecer o uso calculista e sistemático dos hospitais para esconder suas infraestruturas e armas”.
Desde o fim de semana, as Nações Unidas e o Comitê Internacional da Cruz Vermelha denunciaram ataques nas proximidades ou diretamente contra alguns hospitais de Gaza, incluindo o Shifa, o principal centro médico da Faixa localizado na capital do território, uma das principais zonas de conflito.
Diante desse cenário, a diplomacia israelense argumenta que o Artigo 19 da Convenção de Genebra de 1949 “retira a proteção dos hospitais usados para causar danos ao inimigo”.
As Nações Unidas voltaram a denunciar hoje em seu relatório diário sobre a situação em Gaza os ataques ao sistema de saúde de Gaza, incluindo a destruição de uma clínica pública e a danificação de dois hospitais nas últimas 24 horas.