O rendimento na usina foi favorecido pelas fortes precipitações registradas na região Sul do país no último ano
A Usina de Itaipu, em Foz do Iguaçu (PR), finalizou o ano de 2023 com uma geração de 83,8 milhões de MWh (megawatts-hora). A produção foi 20% superior à de 2022 (69,8 milhões de MWh) e a melhor registrada nos últimos 5 anos. No ano passado, a hidrelétrica binacional foi responsável por abastecer 10% do mercado brasileiro de eletricidade e 88% do paraguaio.
A maior geração diária foi registrada em 18 de dezembro, quando a usina produziu 320,9 mil MWh, a maior desde 3 de fevereiro de 2021. Durante todo o ano de 2023 foram vários registros de dias com produções elevadas, resultado de uma alta demanda do SIN (Sistema Nacional Interligado).
Também contribuiu para isso a intensa temporada chuvosa na região Sul do país em 2023, causada pelo fenômeno El Niño. Isso resultou em uma maior disponibilidade de água ao longo do ano devido à cheia nos rios que compõem a bacia incremental de Itaipu, que elevou substancialmente os recursos disponíveis.
As cheias provocaram ainda ocorrência de vertimentos controlados (escoamento do excedente de água não utilizada para a produção de energia elétrica). A previsão da estatal Itaipu Binacional é que em 2024 a oferta de água se mantenha elevada e isso contribua para novos bons números na geração.
Para se ter noção do volume gerado na usina, os quase 84 milhões de MWh produzidos por Itaipu em 2023 seriam suficientes, por exemplo, para abastecer sozinhos:
o mundo por cerca de 1 dia;
o Brasil por 1 mês e 20 dias;
o Paraná por 2 anos e 4 meses; ou
o Paraguai por 4 anos 2 meses.
Comparando com outras usinas, a produção de Itaipu em 2023 foi 2,7 vezes superior à do Complexo Belo Monte (PA); 3 vezes a da Usina Hidrelétrica Tucuruí (PA); 6 vezes Santo Antônio (RO); 7,4 vezes Jirau (RO); e 6,7 vezes Xingó (SE).
